(Síntese da homilia da Vigília Pascal 2020, por Papa Francisco)
“…Ao amanhecer, as mulheres vão ao sepulcro. Lá diz-lhes o anjo: «Não tenhais medo. Não está aqui; ressuscitou» (cf. Mt 28, 5-6). Diante dum túmulo, ouvem palavras de vida… E depois encontram Jesus, o autor da esperança, que confirma o anúncio dizendo-lhes: «Não temais» (28, 10). Não tenhais medo, não temais: eis o anúncio de esperança para nós, hoje. Tais são as palavras que Deus nos repete na noite que estamos a atravessar.
Ele, que derrubou a pedra da entrada do túmulo,
pode remover as rochas que fecham o coração. Por isso, não cedamos à
resignação, não coloquemos uma pedra sobre a esperança. Podemos e devemos
esperar, porque Deus é fiel…
A sua luz iluminou a obscuridade do sepulcro:
hoje quer alcançar os cantos mais escuros da vida. Minha irmã, meu irmão, ainda
que no coração tenhas sepultado a esperança, não desistas! Deus é maior. A
escuridão e a morte não têm a última palavra. Coragem! Com Deus, nada está
perdido.
… Coragem, levanta-te que
[Jesus] chama-te» (Mc 10,
49). É Ele, o Ressuscitado, que nos levanta a nós, mendigos. …’Coragem, levanta-te que
[Jesus] chama-te’. (Mc 10,
49). É Ele, o Ressuscitado, que nos levanta a nós, mendigos. Se te sentes fraco
e frágil no caminho, se cais, não tenhas medo; Deus estende-te a mão dizendo:
«Coragem!»… não a podes dar a ti mesmo, mas podes recebê-la, como um
presente.
Basta abrir o coração na oração, basta levantar
um pouco aquela pedra colocada à boca do coração, para deixar entrar a luz de
Jesus. Basta convidá-Lo: «Vinde, Jesus, aos meus medos e dizei também a
mim: coragem!» Convosco,
Senhor, seremos provados; mas não turvados.
E, seja qual for a tristeza que habite em nós,
sentiremos o dever de esperar, porque convosco a cruz desagua na ressurreição,
porque Vós estais conosco na escuridão das nossas noites: sois certeza nas
nossas incertezas, Palavra nos nossos silêncios e nada poderá jamais roubar-nos
o amor que nutris por nós…
… o anúncio da esperança não deve ficar
confinado nos nossos recintos sagrados, mas ser levado a todos. Porque todos
têm necessidade de ser encorajados e, se não o fizermos nós que tocamos com a
mão «o Verbo da vida» (1 Jo 1,
1), quem o fará? Como é belo ser cristãos que consolam, que carregam os fardos
dos outros, que encorajam: anunciadores de vida em tempo de morte!
Hoje nós, peregrinos em busca de esperança, estreitamo-nos a Vós, Jesus ressuscitado. Voltamos as costas à morte e abrimos os corações para Vós, que sois a Vida”.
São tantos os medos que nos assolam, sobretudo porque eles aparecem de forma consciente e são reforçados na medida em que os repetimos mentalmente, potencializando sua ação em nós.
Sabendo da força de nossos pensamentos, Paramahansa Yogananda nos convida a fazer o contrário: focar naquilo que é oposto ao medo para, assim, ir criando caminhos cerebrais aos quais podemos recorrer quando estivermos em uma situação desafiadora.
Algumas dicas de Yogananda:
“Todas as noites, antes de dormir, afirme: “O Pai Celestial está comigo, estou protegido”. Mentalmente, sinta-se envolvido pelo Espírito Santo e por Sua energia cósmica, e pense: “Qualquer germe que me atacar será eletrocutado”. Cante Om três vezes, ou a palavra “Deus (ou mãe Divina, Jesus Cristo”. Isso o protegerá.
Você sentirá Sua maravilhosa proteção. Não tenha medo. É a única maneira de ser saudável. Se comungar com Deus, a verdade Dele fluirá para você, e aí você saberá que é uma alma imperecível.”
SEMPRE QUE SENTIR MEDO
Coloque a mão sobre o coração, junto à pele; esfregue da esquerda para a direita e diga: “Pai, eu sou livre. Apaga este medo do rádio de meu coração.’ Assim como você apaga a estática num rádio comum, se esfregar continuamente o coração da esquerda para a direita e concentrar-se constantemente na ideia de que deseja eliminar o medo, este desaparecerá, e então você vai experimentar a alegria de Deus.”
AFIRMAÇÃO
“Deus está em meu interior e à minha volta, protegendo-me; por isso, expulsarei o medo, que cerra as portas à divina luz que nos guia.”
Paramahansa Yogananda nos livros: Onde Existe Luz e Viva sem Medo – Livraria: www.omnisciencia.com.br
Paramahansa Yogananda, diz em seu livro Romance com Deus: “Tudo que sua mente decida fazer, você precisa ser capaz de levar adiante. Muita gente se torna incapaz por causa dos maus hábitos. Uma mente fraca é puxada para trás pelas próprias cordas que amarram os maus hábitos. A maioria das pessoas fica hipnotizada pelo ambiente em que vive, por hábitos errados e por tendências e hábitos fortes, trazidos de vidas passadas. É um insulto para a mente, e para a imagem de Deus dentro de você, permitir que estas limitações o hipnotizem. Acabe com os maus hábitos e desenvolva o poder mental com o qual você pode comandar a própria vida.
Você já verificou o extrato de sua conta mental para saber se o lucro das boas experiências tem sido maior do que o custo das ações erradas? Não. Se o fizesse constataria que, em geral, os dispendiosos maus hábitos engoliram os lucros da felicidade. Eu costumava fazer introspecção assim, para fazer da minha vida aquilo que eu queria que fosse.”
Sugestão de leitura: Paramahansa Yogananda, Romance com Deus .
A humanidade está diante de uma travessia! Trata-se de um momento iniciático ímpar que estamos sendo convidados a viver. Ninguém passa por um rito iniciático e sai do mesmo jeito que entrou. Assim foi desde a primeira iniciação, quando cada um teve que romper o ventre materno e iniciar a sua trajetória humana. Após esse evento, outras iniciações foram acontecendo transformando nossas vidas: iniciamos a nossa infância e para isso, tivemos que mudar do colo dos pais para os braços dos outros; fomos iniciados na nossa adolescência e tivemos que deixar para trás nossa infância; adolescemos para mergulhar na primavera de nossos dias, nossa juventude, onde em novos valores e mundos, fomos iniciados.
Cada ciclo exigiu de nós liberações e abertura para o novo, o diferente, o desconhecido e assim alcançamos a maturidade, florescemos o adulto em nós.
As grandes tradições mantiveram ritos de iniciação que demarcam mudanças em nossas vidas, por exemplo: o batismo onde fomos iniciados e reconhecidos como filhos e filhas de Deus. A sociedade cria ritos para sinalizar nova fase, novos ciclos que se completam e outros que se iniciam, por exemplo, as formaturas escolares / acadêmicas, etc.
Da mesma forma, a natureza prepara eventos (muitas vezes com a participação humana ou não), que representam finalizações e inícios de novos tempos. Historicamente, se acessarmos o pesquisador google, podemos reconhecer isso através dos eventos da era antiga ou da era moderna, as invenções, conquistas, descobrimentos, revoluções, guerras, etc., que ocasionaram um novo jeito de estar no mundo.
Novamente a humanidade está diante de um ritual de passagem e certamente não seremos os mesmos depois dessa travessia.
Penso que estamos diante de um portal extraordinário: a
iniciação que somos convidados a realizar é paradigmática, ou seja, o paradigma existente ruiu! A lógica materialista não se sustenta mais, as soluções para as situações dos problemas manifestados, não se encontram nesse modelo paradigmático.
Einstein afirmou: “Não conseguimos resolver um problema com base no mesmo raciocínio que usamos para cria-lo”. Desta forma, o que vemos manifestado na dimensão horizontal de nossa existência, só será transformado através do paradigma vertical.
Na ponta desse paradigma está nossa ancestralidade que se dá a partir de nossos pais. Honrar nossos pais e toda a linhagem de nossos avós, nos permite acessar a senha que nos conduz a uma sabedoria que nos fortalece na condução do barco de nossa própria vontade ao longo das corredeiras agitadas pelo medo.
Necessitamos, portanto, realizar o ritual da trans-formação, mudando a forma de ver, pensar, falar, agir e sentir. Essa metamorfose somente será possível se ouvirmos os nossos sentimentos, ou seja, o nosso coração, que é a bússola do paradigma emergente.
Buscai, pois, primeiro o Reino de Deus… (Mat.6:33)
É tempo e a hora é agora, de nos conectarmos ao Mestre dos mestres, Jesus Cristo, Aquele que através do amor venceu a dor, rompeu a cortina da morte e nos revelou a verdadeira natureza da nossa alma, sempre nova, eterna e essencialmente divina.
Ao aferrar-nos ao Jangadeiro do infinito teremos a orientadora sabedoria e alcançaremos o ancoradouro seguro onde estabeleceremos novas formas, modelos e padrões de evolução que garantem realização do projeto humano.
Agora é o momento de cada um realizar o mergulho na pia batismal do seu coração e reconhecer-se como filho/a do Criador, imergindo no rio da vida e emergindo com confiança, entregando os rumos da travessia, nas mãos poderosas do Pai Celestial e nas mãos afetuosas e-ternas da Mãe Divina.
Um dia nossos pais nos conduziram até as águas do batismo.
Agora, essa tarefa passa a ser sua e minha! Quem serão seus padrinhos?
‘Navegar é preciso… viver é impreciso,’ e a margem do desconhecido fica logo ali…
Afirmação:
Pai Celestial, eu raciocinarei, eu quererei, eu agirei! Mas guia Tu, o meu raciocínio, o meu querer e a minha vontade para aquilo que é certo!
Sorria levemente ao abrir os olhos de manhã: Pendure no teto ou na parede algum objeto que lembre, ou mesmo a palavra ‘sorria’ que você possa ver ao despertar. Vai servir de lembrete. Use os momentos antes de se levantar da cama para exercer o controle da respiração. Inspire e expire três vezes, suavemente, mantendo leve sorriso. Siga sua respiração;
Leve sorriso nos momentos livres. Enquanto estiver esperando numa sala, ou numa fila, ou no trânsito, ou em qualquer lugar, mantenha leve sorriso. Olhe para uma criança, uma folha, ou um quadro pendurado à parede e sorria. Inspire e expire três vezes. Mantenha leve sorriso e focalize a atenção em sua própria natureza;
Leve sorriso ao ouvir música: Ouça uma peça musical por dois ou três minutos. Preste atenção à letra da música, à melodia, ao ritmo, ao sentimento. Mantenha um leve sorriso enquanto observa suas inspirações e expirações.
Leve sorriso quando está irritado: Quando se der conta de que está irritado/a, sorria imediatamente. Inspire e expire calmamente, sempre levemente sorrindo, por três minutos.
“Reflita sobre as reais intenções que servem de apoio para tuas decisões e que alimentam teus planos, assim como também movimentam a intimidade de teus pensamentos e concepções. Aceita com realismo a natureza dessas intenções, porque quanto mais tentes maquiar a verdade, mais vulneráveis se tornarão teus planos, até falharem. Não tenhas pudor de aceitar a dose de medo que te faz tentar ocultar até para ti a real natureza de tuas intenções e maquinações. Tu precisas te entender, e para isso precisas de realismo. Nenhum ser humano é completamente bom, todos possuem um lado denso da força também. Ao mesmo tempo, por mais identificado que um ser humano seja com o lado denso da força, assim mesmo ele ou ela será capaz de tomar atitudes belas, verdadeiras e promotoras de bondade. O realismo é fundamental para todos os que buscam um caminho espiritual com o intuito de decifrar mistérios ou melhorar de vida. Procura ter a ideia mais realista possível sobre tuas intenções, só isso te garantirá maior eficiência no cumprimento delas”.
É o assim denominado período que vai da noite de Natal (25) até a noite anterior ao dia dos Reis (05), quando, segundo a antiga tradição cristã, bençãos divinas se derramam sobre nós através dos portais das 12 constelações do Zodíaco, o cinturão de estrelas em volta do espaço sideral no qual existimos.
As 12 badaladas da meia noite do Natal anunciam a vigília que é um preparo espiritual, como se as Noites Santas fossem uma prévia dos 12 meses do ano que se inicia.
As virtudes recebidas das hierarquias espirituais nesta época, através da meditação,injetam suas forças no nosso desenvolvimento espiritual ao longo do novo ano.
Uma atenção especial deveria ser dada aos sonhos como mensageiros do espírito.
A tradição das 12 Noites Santas e o Zodíaco
Podemos associar esta tradição à sabedoria antiga do Oriente através do relato da Jornada dos Reis Magos do Evangelho de Mateus. 2.2 a 10 Na noite em que nasceu o Salvador, uma estrela se iluminou e este era o sinal há muito esperado pelos Iniciados do Oriente, que durante 12 noites seguintes seguiram o brilho da estrela que os precedia até alcançar a criança que havia sido anunciada como o Messias.
O relato do Evangelho de Mateus nos remete para os mistérios espirituais da antiguidade, etapa do desenvolvimento da humanidade da época do assentamento na região do Mediterrâneo quando aqueles que eram iniciados desenvolviam a visão clarividente através da qual, o que hoje é considerado pela astronomia como corpos siderais, eram vistos por eles como a manifestação de seres espirituais em atividade constante e transmutação contínua.
A este antigo estado de consciência clarividente está associado o surgimento da astrologia, esta sabedoria baseada na analogia do movimento e posição dos astros com o destino humano. Ao fazermos a vigília das Noites Santas podemos retomar a jornada dos Reis Magos através da ligação interior com este sabedoria a respeito das 12 constelações do Zodíaco.
Quem são os seres que vamos encontrar na jornada das 12 Noites Santas?
Rudol Steiner refere-se às hierarquias espirituais em muitas de suas palestras. Inicialmente ele lhes dedica um capítulo na Ciência Oculta (1905) descrevendo a atuação delas na evolução do universo e do ser humano.
As nove hierarquias espirituais podem ser contempladas como esculturas no portão sul da Catedral de Chartres desde o século XIII. Chartres foi a mais importante catedral gótica da idade média e neste portão, chamado de Portão da Transubstanciação, as hierarquias formam uma escada ascendente que representa o ensino espiritual da Escola de Chartres. O aluno deveria, de degrau em degrau (gradualmente), adquirir consciência destes seres espirituais que representavam diferentes estados de consciência.
Neste aprendizado o pensamento era considerado um instrumento necessário para a percepção do espiritual desde que fosse casado com a vivência dos sentimentos e assim tornavam-se ambos, pensar e sentir, órgãos de compreensão e de participação no mundo espiritual.
Os nomes das hierarquias se originaram de um manuscrito de Dionísio, o Aeropagita que fundou a primeira escola esotérica cristã da antiguidade. Dionísio, um iniciado dos antigos centros de mistérios gregos, renomeou os seres divinos que era chamados como os seres de Vênus, os seres de Mercúrio,etc.. a partir da revelação do Cristo feita a ele por Paulo de Damasco em Atenas.
O manuscrito sobreviveu ao longo de séculos até ir parar em Chartres e é intitulado: “Os Nomes divinos e a Teologia Mística”, descrevendo dramaticamente os nove níveis de seres divinos associados em grupos de três hierarquias que participaram da evolução da terra e do ser humano.
A primeira hieraquia inclui os Serafins, Querubins e Tronos que iniciaram a evolução estando tanto no seu início como no seu fim – no Alfa e no Omega, Eles atuam a partir do divino, da esfera macrocósmica que é denominada como a esfera do Pai, de Deus, de Alá, do amor divino, da doação cósmica. Eles são seres de um estado evolutivo anterior ao nosso, tão avançados em sua evolução que foram capazes de fazer fluir de si a sua própria substância dando nascimento ao atual estado do nosso sistema solar.
A segunda hierarquia é formada pelos Kyriotetes, Dynamis e os Exusiai.
Enquanto no processo de configuração do nosso Cosmos a primeira hierarquia atuou de fora, eles, de dentro do processo, acolheram os planos divinos transformando-os em sabedoria, dando-lhe movimento e forma.
E por último a terceira hierarquia, os Arqueus, Arcanjos e Anjos próximos ao seu humano porque desenvolveram a sua essência nesta etapa evolutiva em que nós, Anthropos, nos encontramos e na qual estamos destinados a nos tornar co-criadores da evolução..
Primeira hierarquia Segunda hierarquia Terceira hierarquia Serafins Kyriotetes Arqueus Querubins Dynamis Arcanjos Tronos Exusiai Anjos
Já nos últimos anos de sua vida, em uma palestra intitulada a Palavra Cósmica e o Homem Individual (2/05/1923) , Rudolf Steiner chama a atenção para o fato de que o homem auto consciente deveria re-aprender a vivenciar as hierarquias na sua vida interna como realidades.
Nesta palestra ele diz que estes seres espirituais vem ao nosso encontro quando nos preparamos para conhecê-los e falarão à nossa alma primeiramente como pensamentos e sentimentos, e só depois então o perceberemos como realidades.
Em um texto intitulado “O Zodíaco e as Hierarquias Espirituais”, Sergej Prokofieff, atualmente um dos dirigentes mundiais da Antroposofia, inspirado por diversas palestras de Rudolf Steiner, descreve o ensino espiritual de Chartres nesta tradição da vigília das 12 noites santas.
Ele delineia a escada de expansão da consciência que ajuda a dar nascimento, no último degrau, ao ser divino em cada um de nós.
O primeiro degrau da escada se assenta na esfera humana terrena e cada degrau nos leva gradualmente à esfera macrocósmica, à esfera divina.
Prokofieff faz uma analogia entre este caminho de transformação e o processo de desenvolvimento descrito por R. Steiner como o caminho de Jesus a Cristo.
Jesus nasce como a criança arquetípica destinada a se desenvolver como um ser humano de tal forma que possa acolher em si o Eu do Cosmo no Batismo do Jordão.
Este acontecimento místico derramará sua influência por sobre toda a história humanidade como um grande arquétipo de desenvolvimento espiritual.
PRIMEIRA NOITE SANTA
Soam as 12 badaladas da meia noite anunciando o Natal. Vem a aurora, atravessamos o dia, cai a noite e uma luz se acende no céu irradiando um brilho que emana da Constelação de Peixes e ilumina a primeira vigília santa.
Estamos no primeiro degrau da escada que está assentada na esfera humana terrena na dimensão da existência do anthropos – o ser da liberdade.
A liberdade é uma das duas principais forças espirituais que nos foram destinadas conquistar ao longo da vida. A outra força será ao final da escada, o amor.
A sabedoria antiga nos conta que foram as forças espirituais de Peixes que configuraram os pés humanos. Quando observamos os pés verificamos que eles são formados em forma de uma abobada que vai propiciar simultaneamente com a verticalização da coluna o andar ereto, primeiro grande aprendizado da vida. Quando criança nos arrastamos, engatinhamos e finalmente nos erguemos e nos apoiamos-nos próprios pés superando as forças da gravidade significando isto uma grande conquista e a condição para o desenvolvimento do pensamento, sendo o pensar o que diferencia o Humano dos outros reinos da natureza.
Ao longo da vida seguidamente fazemos uma analogia íntima com este fato:
“andar nos meus próprios pés, saber por onde ando,”, seguir os meus próprios passos,” “não vou andar nos passos de ninguém” são expressões que expressam uma correta relação com a terra e com o destino em termos de liberdade pessoal.
Nesta primeira Noite Santa recebemos da constelação de Peixes os impulsos para se firmar nos próprios pés e se erguer, condições básicas para alcançar a liberdade individual, meta ao qual nos destinamos como seres individualizados
SEGUNDA NOITE SANTA
Nasce o Sol, atravessamos o segundo dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu irradiando da Constelação de Aquário o segundo degrau desta escada espiritual. Deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Anjos.
Os anjos são representados pela figura de um ser que derrama a água, o símbolo da vida e assim eles também são chamados de “Filhos da Vida”.
Eles são os seres espirituais imediatamente superiores a nós mantendo conosco uma relação próxima. O encontramos logo cedo no nascimento quando “parecemos anjos” nosso corpo vital ainda muito latente, cheio de vida.
Na infância ele é chamado de “Anjo da Guarda” e é sempre representado em todas as culturas protegendo a criança dos perigos sendo o seu guia e como guia ele permanece ao longo de toda a nossa vida.
“Pergunte ao seu anjo da guarda” freqüentemente escutamos quando estamos em dúvida em relação ao caminho a seguir, a que decisão tomar.
Na vida adulta ele se transforma em nosso Guia Espiritual, nosso verdadeiro Self . “Assim deverás ser” nos fala no íntimo transmutando continuamente forças vitais em forças de consciência fazendo surgir nos pensamentos as imagens orientadoras para a nossa vida.,
Nesta segunda Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação de Aquário os impulsos dos Anjos para que possamos enxergar e permanecer fieis aos nossos ideais. Os nossos ideais iluminam e protegem o nosso caminho e apontam para onde devemos seguir.
TERCEIRA NOITE SANTA
Atravessamos mais um dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu irradiando da Constelação de Capricórnio o terceiro degrau nesta escada espiritual e deste portal emanam para nós as forças espirituais dos Arcanjos. Os Arcanjos são denominados de seres da luz. Rudolf Steiner os descreve na Ciência Oculta como aqueles seres que durante a evolução acordaram ao enxergar o seu próprio reflexo no exterior. Quando eles doaram sua própria essência esta sua essência era a própria luz que irradiou para os quatro cantos do universo. A luz dos arcanjos é representada hoje em nós pela nossa inteligência que irradia para o meio ambiente e torna consciente para nós mesmos e para o mundo a nossa própria existência.
Os arcanjos se tornaram na evolução guardiões da inteligência cósmica com a missão de proteger o amor divino contido nesta inteligência que criou e transformou tudo em sabedoria para o bem de todos .
Nesta terceira Noite Santa recebemos através do Portal da Constelação de Capricórnio os impulsos dos Arcanjos para o fortalecimento da nossa personalidade através da expansão da luz e autonomia da nossa inteligência.
QUARTA NOITE SANTA
Atravessamos mais um dia, cai a noite e uma nova luz brilha no céu irradiando
da Constelação de Sagitário de onde emanam as forças espirituais dos Arqueus, os Seres da Personalidade. Isto significa que eles não só possuem um Eu como sabem que o possuem e através desta consciência intensificada eles criam uma imagem de si no exterior.. Eles projetam no exterior a força de sua luta interna que é a própria luta do centauro, do ser humano emancipado por um lado na sua inteligência mas por outro lado, em luta constante para superar suas forças animalescas, seus instintos selvagens, suas forças egoísticas.
Os arqueus são considerados os Espíritos do Tempo porque esta luta é a própria luta de desenvolvimento humano do nosso tempo abrangendo algo que ultrapassa todas as etnias e se torna uma influência cultural na nossa civilização.
Aqui a tarefa anterior dos Arcanjos que era proteger a sabedoria cósmica das intenções egoístas é ampliada pelos Arqueus estando expressa no desafio da nossa civilização moderna na luta entre o materialismo exarcebado e a preservação dos recursos naturais.
No portal sul da Catedral de Chartres a escultura de Micael preside as 3 hierarquias. Rudolf Steiner constantemente se refere a ele como o Regente desta nossa Época com a missão de dominar o dragão o ser mítico em cuja forma está representado o nosso intelecto onde a sabedoria cósmica foi apropriada através da compreensão das leis, através da ciência natural e precisa ser colocada no mundo de forma mais ampla para o bem de todos. Tanto no aspecto pessoal de construção da personalidade como neste aspecto temporal esta luta representa um cair e levantar constantes.
Nesta quarta Noite Santa recebemos através do Portal do Sagitário os impulsos espirituais dos Arqueus para o fortalecimento da personalidade de forma que tenhamos forças de estabelecer e sustentar impulsos mais abrangentes na nossa vida que nos orientem para o futuro e que contenham metas espirituais para a nossa existência.
QUINTA NOITE SANTA
Nasce de novo o sol, atravessamos um novo dia e cai a noite e uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de Escorpião através do qual emanam as forças espirituais dos Exusiai os Seres da Forma. Agora atingimos o âmbito da segunda hierarquia. Eles também foram seres de um estado evolutivo anterior tão avançados em sua evolução que podem acolher os planos divinos e torná-los manifestos de forma que haja uma concordância entre a esfera macróscomica da consciência cósmica e o nosso sistema solar que é uma expressão microcósmica onde a nossa existência humana está inserida, onde a biografia humana transcorre.
Os Exusiai estão envolvidos nos processos de criação de um novo ser, na transformação de uma forma em outra, na metamorfose constante da substância,.
Na Bíblia eles são chamados de Elohins e no corpo humano as forças de
Escorpião configuraram os genitais a partir dos quais é possível a procriação ou seja a criação de um novo ser físico.
Estamos no âmbito das forças sexuais que são as forças que oscilam tanto para o egoísmo mais absoluto, aquilo que pode ser caracterizado como o mal porque ao oferecer a possibilidade da maior satisfação imediata podem subjugar o humano ao nível do animalesco. Mas que também trazem uma das maiores possibilidades para a superação do egoísmo e transcendência de forças. Se em Sagitário tínhamos a imagem de um cair e levantar constantes entre o animalesco e o humano aqui temos a imagem de uma luta na nossa vida interior entre a morte e ressurreição. E esta é uma luta que ocorre em âmbito muito individual onde em liberdade oscilamos entre as sombras que obscurecem o nosso ser, os esconderijos onde vive o Escorpião venenoso e as forças de expansão do ser representadas pela águia que se eleva às alturas e de lá contempla o Todo.
O Escorpião é então o signo das forças duplas, tanto destrutivas, retrógadas que mudam constantemente de aparência e invadem a nossa alma caotizando a vida como é também portador de forças construtivas que tem a ver com transmutação constante e contínua superação para que a substância divina, o Espírito possa em nós ser plasmado de novo e sempre. No apocalipse esta característica de forças duplas é apresentada como a espada de dois gumes.
Nesta quinta Noite Santa recebemos através do portal de Escorpião os impulsos espirituais dos Exusiai para aceitar por um lado as nossas fraquezas, e por outro lado recebemos impulsos espirituais para a superação e transformação destas forças.
SEXTA NOITE SANTA
Temos o nascer do sol, a passagem de mais um dia e o cair da sexta Noite Santa. Uma nova estrela brilha no céu irradiando da Constelação de Balança o portal através do qual emanam as forças espirituais dos Dynamis os Seres do Movimento. Continuamos no âmbito da segunda hierarquia. Na evolução os Dyamis acordaram ao perceber o que estava ocorrendo em volta deles e atuaram criando um equilíbrio dinâmico, uma correta relação, uma permanente reciprocidade entre as coisas. Estar em desequilíbrio significa estar separado, não está inserido na unicidade de todas as coisas. Suas forças configuraram a bacia que é responsável pelo equilíbrio no manter-se ereto.
No trabalho biográfico estudamos a expressão da Balança por volta dos 28 anos que é o marco de mudanças entre as forças do passado que nos carregaram até aí e as forças do futuro que trazem a possibilidade de uma nova expressão da nossa individualidade através da nossa capacidade de transformar a herança da educação herdada. . Os Dynamis nos oferecem a possibilidade de colocar as influências do passado e as possibilidades do futuro, o dentro e o fora, os processos de fusão e de separação em uma correta relação de reciprocidade, em um equilíbrio dinâmico.
Na sexta Noite Santa através do portal da Balança recebemos dos Dynamis os impulsos espirituais para desenvolver o equilíbrio interior e conseguir conter as forças de dispersão para se ter uma vida coerente e harmoniosa.
SÉTIMA NOITE SANTA
De novo temos o nascer do sol que anuncia o novo dia e no final deste o cair da noite. Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação da Virgem
o portal do qual emanam as forças dos Kyriotetes os Seres da Sabedoria.
Na evolução eles acordaram ao perceber a existência de outros seres para os quais criaram então o espaço do acolhimento. Estamos ainda no âmbito da segunda hierarquia que acolhem e realizam os planos divinos.
As forças do Signo da Virgem configuraram o ventre que é um aspecto físico do feminino que pode receber e gerar outro ser. A alma, a nossa vida interna também tem esta qualidade do feminino de levar para dentro, de acolher no íntimo e de guardar a nossa essência, o nosso Eu.. A Virgem é a imagem terrestre da Alma cósmica, a Sofia e ela é considerada virgem porque corresponde a um aspecto de nossa alma que permanece intocada pelas necessidades terrestres e pode então acolher e gerar o Espírito individualizado em nós. Isto significa um estado de entrega e doação constantes, de cortesia e polidez.
Na sétima Noite Santa através do portal da Virgem recebemos os impulsos espirituais dos Kyriotetets que são capacidades de criar o espaço para algo novo ser gestado no íntimo e de encontrar forças a partir do seu próprio interior para fazer desabrochar a sua vida.
OITAVA NOITE SANTA
Nasce um novo Sol, atravessamos mais um dia e vem o cair da noite.
Uma nova estrela brilha no céu emanando luz da Constelação de Leão, o portal do qual emanam as forças dos Tronos os Seres da Vontade .
Alcançamos a primeira hierarquia, de seres espirituais muito evoluídos que manifestam as intenções divinas atuando da esfera macrocósmica para dentro do nosso sistema solar.
Na evolução os Tronos eram seres tão completamente conscientes de si que seu querer era sua própria substância e este querer é tão exaltado que estes seres produziam calor e doaram sua própria substância.
As forças de Leão configuraram o coração humano e os dirigentes da antiguidade e os reis da idade média associavam sua realeza com este signo que era relacionado com a coragem e a prontidão de realizar no exterior o que é determinado a partir de dentro: a voz do coração.
Na oitava Noite Santa, a partir do portal do Leão recebemos os impulsos de entusiasmo e coragem para enfrentar as provas que o destino nos trazem
NONA NOITE SANTA
De novo sai o Sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.
Uma estrela brilha no céu emanando o seu brilho da Constelação de Câncer o portal do qual emanam as forças espirituais dos Querubins os Seres da Harmonia.
Foi a ação dos Querubins no início da evolução que criou o cinturão protetor de estrelas em volta do nosso sistema separando-o da totalidade macrocósmica
Esta ação está expressa na própria configuração do tórax: as forças de Câncer configuram os doze pares de costela, o invólucro protetor físico do coração, o órgão da vida.
Os Querubins trazem o impulso para que as transições de um ciclo para outro ocorram de forma harmoniosa. Eles atuam na forma da espiral cujas forças vem do ciclo anterior, criam um invólucro e se direcionam para o próximo ciclo – em uma seqüência repetitiva, harmoniosa. Podemos observar estas espirais cósmica também em ciclos menores da natureza . São os Querubins que cuidam por exemplo que a semente do outono renasça como uma nova planta na primavera.
Na biografia encontramos também estas transições no nosso desenvolvimento que às vezes se apresentam de forma dramática como crises.
Na nona Noite Santa através do portal de Câncer recebemos os impulsos espirituais dos Querubins que nos trazem força para nos harmonizarmos com o novo e cria aconchego para que os momentos de transição ocorram de forma harmoniosa.
DÉCIMA NOITE SANTA
De novo sai o sol, atravessamos um novo dia e vem o cair da noite.
Uma estrela brilha no céu emanando seu brilho da Constelação de Gêmeos, o portal através do qual emanam as forças espirituais dos Serafins os Seres
do Amor. Amor que não está mais assentado nos laços físicos, nos laços da paixão mas em laços espirituais. O amor fraterno.
Os gregos tem um mito através do qual podemos saber do que se trata.
O mito do Kastor e do Polydeukes irmãos que eram filhos da mesma mãe com pais diferentes sendo que Castor era mortal e o Polydeukes imortal. Ocorreu que Castor morreu e o seu irmão foi até Zeus e pediu que a sua imortalidade fosse retirada e concedida ao Castor e Zeus comovido tornou-os ambos imortais e os colocou no céu na forma de uma constelação. Ou seja elevou-os a condição macrocósmica e o que os tornou imortais não foram os laços de sangue mas o abrir mão de si que resultou numa forma ainda mais elevada de amor.
No Evangelho temos a sentença desta forma de amor: “onde dois estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles” – ou seja abre-se mão do próprio Eu e ganha-se outro Eu que é eterno.
A fraternidade é o mais poderoso impulso para a vida social porque ela pode quebrar as barreiras de status, de etnia e de crenças.
Na décima Noite Santa através do portal de Gêmeos os impulsos espirituais dos Serafins ajudam a vencer a barreira do individualismo e da solidão.
DÉCIMA PRIMEIRA NOITE
De novo vem o Sol e um novo dia e ao cair da noite uma estrela brilha no céu emanando seu brilho da Constelação de Touro portal por onde adentra à esfera do Zodíaco vindo das regiões macrocósmicas o sopro do espírito.
Se lembrarmos dos Reis Magos estava próximo o lugar onde se encontrava a criança e iluminando a noite o brilho da estrela que os precedia ampliava enormemente a dimensão do deserto. A alma se elevou tocando outra dimensão que não é terrena e o Espírito Santo adentra a dimensão humana manifestada no Batismo de João sob a forma de uma pomba.
É uma noite de grande expansão da alma, os horizontes se ampliam e a nossa alma pode se elevar a um estado anímico cósmico alcançando a dimensão da alma do Cosmos, da Sofia divina e sentir a presença do espírito . No Antigo Egito isto era representado nas esculturas que portavam os chifres do Touro com o espaço entre eles preenchido por um disco solar coroando a cabeça do faraó considerado o descendente direto de Deus.
Foram as forças do Touro que configuraram a laringe, o órgão da fala que segundo o Steiner está em transformação e que nos estágios evolutivos futuros do ser humano a palavra terá de novo a força plasmadora referida nas Gênesis de todas as religiões. No princípio era o verbo e o verbo estava em Deus.
A palavra será como uma lança sagrada de expressão do amor divino.
Na décima Noite Santa através do portal do Touro o Espírito Santo emana a plenitude do amor divino inspirada como persistência em relação ao que se pretende alcançar.
DÉCIMA SEGUNDA NOITE
Um novo Sol e um novo dia e no cair da última noite desta ascensão através das hierarquias espirituais. Alcançamos o último degrau desta escada que já nos transportou para as fronteiras do universo.
Este é o portal por onde o filho de Deus, o Eu cósmico adentrou da esfera macrocósmica, da esfera do Brama, Javé, de Alá, da esfera do divino para a nossa existência. Através deste portal ressoa no nosso cosmos vindo das regiões macrocósmicas além do zodíaco a voz do Pai
“Este é o meu filho muito amado, hoje eu o engendrei.”
Como um eco longínquo é feito o Reconhecimento a síntese de todo o caminho unindo o Natal ao Batismo. O Natal como o nascimento da criança natural e o Batismo como o posterior nascimento da criança divina o Cristo como uma luz brilhando no interior, como um Sol interno na alma livre e plenamente consciente.
A voz de Deus é a voz da consciência humana que eleva o Eu de uma condição terrena, inferior a uma condição cósmica, superior trazendo para o ser humano a possibilidade de se tornar o ser da liberdade e do amor – a décima hierarquia espiritual .
(Palestra proferida por Edna Andrade na Clínica Tobias em São Paulo no Natal de 2006 O texto pode ser reproduzido desde que citada a autoria).
Bibliografia A Ciência Oculta – R. Steiner – Ed. Antroposófica O Zodíaco e as Hierarquias Espirituais – Sergei Procoffiev The Golden Age of Chartres – René Querido – Floris Books
Existem leis naturais que governam nosso sistema planetário, entre elas, a lei da gravidade que é a força de atração que existe entre dois objetos e que é responsável por prender objetos e pessoas na superfície do Planeta. Eu posso não acreditar nessa lei, mas essa crença não me salvará de uma queda…. Estas leis agem independente das nossas crenças. E assim também com eletromagnetismo e também a lei dos opostos.
Nesse universo que habitamos, estamos sujeitos a lei dos opostos que nos diz que se existe um lado, existe o oposto desse.
A energia elétrica (que não
vemos, mas acreditamos sobre sua existência), é a prova dessa lei: existe um
polo negativo e outro positivo.
E tudo nesse Universo contém um
oposto:
Quente –
frio
Em cima
– em baixo
Dentro –
fora
Claro –
escuro
Dia –
noite
Forte –
fraco
Conhecimento
– ignorância
Bom –
ruim
Bem –
mau
Positivo
– negativo
Nossa mente consciente tem o poder de escolher qual dos lados queremos: positivo ou negativo. Ou seja, os eventos e estímulos externos que nos chegam, são na verdade “neutros”, são apenas acontecimentos sem polaridade alguma. Cada um de nós, conscientes ou não, qualificamos o evento entre: bom ou ruim; positivo ou negativo.
O tempo todo está acontecendo isso. E qual é
então a nossa tarefa? ESCOLHER.
Você é quem vai escolher para que lado quer seguir. Se você definir que o seu melhor caminho é naquela direção, deverá saber os ‘por quês’ para se colocar a caminho e seguir! Ou vai numa direção ou n’outra.
A nossa escolha irá também influenciar o campo vibratório que iremos criar a partir desse pensamento.
Pela lei da vibração, objetos semelhantes produzem uma ressonância harmônica entre si. Por exemplo: se colocar dois violões, um em cada canto de uma sala, e você tocar uma determinada corda num deles, a mesma corda do outro instrumento irá vibrar. Esse é o poder sutil da vibração!
Assim quando nos mantemos numa ressonância positiva, vibramos nessa frequência e atraímos coisas boas para a vida. Por outro lado, quando vibramos negativamente, atraímos pessoas, condições e situações desfavoráveis.
Estamos a todo instante, consciente ou inconscientemente, co-criando as situações e experiências na nossa vida.
É possível aprender a viver de forma mais
positiva. Quando alguém aprende a viver assim, tudo em sua vida melhora. É uma
questão de escolha, veja:
Se você não é positivo, você é negativo. Se você não está indo em uma direção, você está indo para outra.
Como então se manter num estado positivo?
Primeiro
precisamos compreender que ficar num estado positivo está relacionado a vibração
que nos faz sentir bem para agir melhor e continuar evoluindo. Portanto, nossos
sentimentos são nossa bússola que sinalizam se estamos indo na direção que
escolhemos (positiva), ou indo ao contrário.
Pessoas que vibram nessas frequências elevadas, podem eventualmente sair desse estado? Claro que sim! Mas quando isso acontece, rapidamente retornam na direção positiva.
Eventualmente alguém pode lançar sobre você algo negativo, e você se sentir abatido, rompendo o seu campo de vibração elevada. Só há uma coisa a fazer quando isso acontece: encontrar uma forma educada de se afastar, a fim de se recuperar e voltar a sentir coisas boas que lhe colocarão de volta no caminho que você escolheu. Dois campos negativos se multiplicam exponencialmente quando entram em ressonância um com o outro, e nada de bom sai desse encontro. Você deve saber isso por experiência própria.
“Agua barrenta, deixa assentar, que se torna clara” (Lao Tsé)
Quando
uma pessoa é positiva ela tem uma boa atitude. Então, como chegar a esse ponto
e permanecer assim? Sabemos que podemos ir na direção daquilo que escolhemos
ser melhor para nós, nos concentrando em algo bom. Então trata-se de uma
decisão. Decida-se que é assim que você quer permanecer. É como a construção de
um hábito. Leva um tempo e é construído através de treino e assim você vai
estabelecendo uma nova forma de se comportar.
Então uma boa maneira para perceber se está indo em direção ao estado positivo, é observar os seus sentimentos:
Se você não está se sentindo bem, você não está positivo, pode estar desfocado e indo para o outro lado (-). Esse movimento vai construir um campo magnético dentro e entorno de você, criando um ambiente de ressonância que atrairá algo semelhante para sua experiência.
Você enxerga e dá atenção aquilo que está sentindo: se você estiver se sentindo triste, decepcionado, frustrado ou tomado por qualquer outra emoção negativa, (de baixa escala), então estará olhando para o mundo através desse campo de sentimento e ele lhe parecerá triste, decepcionante ou frustrante. Não é possível ver algo de bom através das “lentes das emoções negativas”.
As soluções não aparecem: Além do seu campo negativo atrair mais negatividade, você nunca encontrará saída para nenhuma situação até que mude a maneira como se sente e retome a direção para o caminho que lhe fará bem.
Observe: essa atitude é mais fácil do que tentar mudar as circunstâncias do mundo lá fora.
Apesar de alguns movimentos físicos alterarem o campo vibracional, nem toda ação física no mundo pode modificar a situação.
Mude os seus sentimentos (do medo para o amor) e as circunstâncias lá fora vão mudar!
Procure o que é bom, colha o bem! Há o bem em tudo, é uma questão de escolha!
Não se ocupe em descobrir o que há de errado com alguém ou alguma coisa. (O cisco no olho do outro). Qualquer pessoa pode apontar um defeito, fazer críticas, aumentar o problema.
Use sua inteligência e discernimento: é necessário colocar sua inteligência e foco para descobrir o que é certo!
Reflita por um instante: Quando você se sente maravilhosamente bem, a força do seu campo magnético cria um escudo em que nenhuma negatividade consegue penetrar. Então qualquer negatividade lançada sobre você não vai tocá-lo. Será logo rebatida pelo seu campo magnético.
Quando alguém está envolto a uma atmosfera de alegria, você é capaz de sentir a alegria dele tocar você, mesmo estando no outro lado da sala. Pessoas extrovertidas cheias de amigos e com personalidades cativantes são aquelas que se sentem bem a maior parte do tempo. O campo do bem-estar que as envolve é tão magnético, que atrai tudo e todos em volta delas.
DICA: Quanto mais você der amor e se sentir bem, mais magnético o seu campo se tornará e mais se expandirá atraindo tudo e todos até você. O AMOR É O PODER QUE CONECTA TUDO.
David Goggins é considerado por muitos como um dos caras mais casca grossa do mundo. E isso não aconteceu por acaso. Vindo de um ambiente familiar conturbado, sofrendo bullying diariamente na escola por ser a única criança negra, com sérios problemas de saúde e lutando contra a obesidade, Goggins sentiu que, se continuasse a viver dessa forma, ele nunca alcançaria nada relevante na sua vida.
Um dia ao chegar em casa do trabalho como dedetizador de baratas, Goggins ligou a televisão no Discovery Channel. Pesando 136kg, ele assistiu um programa que mudaria a sua vida para sempre.
Na televisão, estava sendo transmitida a Hell Week – a Semana Infernal – a pior semana de treinamento dos SEALs da Marinha Americana, a tropa de elite dos Estados Unidos.
David Goggins viu os homens sofrendo de formas inimagináveis durante este treinamento. Eles saltavam de aviões, mergulhavam em mares infestados de tubarões, faziam barras, flexões, rastejavam na lama…
Muitos acabavam tocando o sino, o que significava desistir de ser um SEAL. Goggins, completamente inspirado e decidido a mudar de vida, resolveu que faria de tudo para se tornar SEAL da Marinha Americana. Não queria ser mais obeso, não queria terminar a vida como dedetizador de baratas. Não queria mais viver da maneira que anos antes, todas aquelas pessoas que faziam bullying com ele disseram que ele ia viver – sem alcançar nada, sendo um nada. Por isso ele criou O GOGGINS.
Vivemos num sistema governado por certas leis, tais como a gravidade, eletricidade, eletrodinâmica, bem como a lei da polaridade.
A lei da polaridade diz que não haveria um dentro do ambiente que você está, se não houvesse um fora; não poderia ter o lado direito do corpo sem o esquerdo; as costas sem a frente; o em cima sem o embaixo, assim como você não pode ter o ruim sem um bom! Perceba, a verdade é que nós tornamos as coisas boas ou ruins.
Ralph Waldo Trine, no seu livro Em Harmonia Com o Infinito, escreve que nada é bom ou ruim, exceto o nosso pensamento a respeito disto.Ok, se tudo é tão bom quanto ruim e nós é que podemos unir essas duas partes, o que está bem no meio? Se por um lado está tudo ruim e por outro lado é bom, o que está no meio? Só É, tudo só É!! Você escolhe se vai olhar para um lado ou para outro! Bop Proctor, um grande cientista da psicologia positiva ensina que não importa o que aconteça, você não pode controlar as circunstâncias, mas você pode certamente controlar como você lida com elas. Ele ensina que quando acontece alguma coisa:
Passo número 1, é o que é, aceite! Isso vai controlar você ou você vai controlar isso? A escolha é sua!
Passo número 2, colher o bem! Veja que interessante, colher! Colha o bem! Há o bem e o mal em tudo. Apenas colha o bem!
Passo número 3, perdoe… abandone completamente todo o resto. E se você abandonar o mal, o bem parece crescer!
Você e eu temos uma escolha. Pode ser até uma escolha difícil às vezes… Podemos estar lidando com uma situação individual ou uma circunstância particularmente difícil, no entanto, temos dentro de nós o potencial para transformar situações: escolher!
Assim como você vive todos os dias, não importa o que alguém disser, não importa o que acontecer, você pode escolher dizer: ‘isso é bom’!
W Clement Stone tornou-se um dos homens mais ricos da América nos anos 70 e uma das suas expressões cotidianas era “isso é bom”. Não importa o que fosse, ‘Isso é bom’! E então ele olhava para o lado bom das situações.
Essa é uma boa escolha para você fazer e fazê-la durante todo o dia.
Assim a sua palavra é ‘escolha, escolha e escolha’. Só você tem a capacidade para fazer isso. E se você escolher certo, você vai obter resultados agradáveis permanentes.
Em entrevista concedida ao talk show Inside Quest, Simon Sinek, enfatiza as provações encontradas no ambiente corporativo e social, que constituem um desafio dessa geração atual, (sobretudo os nascidos a partir de 1984):
– Falta de foco, questionam a autoridade incessantemente, buscam freneticamente recompensas imediatas.
Simon atribuí estas características a 4 fatores: primeiros períodos formativos, o mundo digital, o estado de impaciência e ao ambiente corporativo.
Confira e reflita se essa é uma questão que atinge uma geração ou todas(!?).
Todos nós estamos envolvidos. Somos parte dessa questão e fundamentalmente podemos e devemos ser parte das soluções!
Na minha adolescência / juventude, fui buscar experiências ligadas aos prazeres, que se tornaram hábitos enraizados no meu cérebro! Na ocasião, foi uma alternativa que encontrei para me sentir feliz, aceito e adaptado a um meio, que julgava saudável e que, até certo ponto foi.
Mas confesso, que na busca de despertar essa química da felicidade (hormônio da dopamina), fiquei dopado e viciado, recorrendo constantemente a esses recursos (já na idade adulta), que me geravam a sensação de estar tudo ‘ok’ e que tiveram as suas consequências, desafios e riscos desnecessários.
Nessa última década, tenho tido a oportunidade, sobretudo através do meu trabalho, (assessorando líderes, em diversos setores, em seus processos pessoais e pessoais) de observar, acompanhar e conviver com esses jovens e adultos, (a maioria com menos de 40 anos) e posso confirmar, bem como compreender, o que Simon apresenta em seu talk show.
A geração mais jovem trás um potencial incrível com referências bem abrangentes. Percebo sementes maravilhosas no coração e na mente dessa juventude. Mas poucos jovens sabem disso… e outros nem sabem qual é o terreno ideal para se lançarem e como fazer isso…
Hoje minha maior realização tem sido atender esse chamado vindo dessa geração, acolhendo seus anseios, ressignificando suas dores, resgatando e reorientando seus desejos, para que possam expressar as maravilhas contidas no íntimo de si mesmos.
Deixo você com Simon Sinek, para que possa ampliar e constatar sua visão sobre a geração milênio.
Já notou como um sentimento maravilhoso passa rápido? Na verdade, todos os pensamentos e sentimentos são como nuvens que passam num amplo céu aberto. O céu abrange tudo, não tem território nem fronteiras.
Dificilmente você encontrará
alguém, por mais persistente e teimoso que for, cujo emoção dure mais de 30
respirações quando examinado com atenção.
A raiva é uma emoção que se revela num momento de medo que se dissolve num momento de fúria, que muda para um momento de auto piedade, transformando-se num momento de desamparo, dentro de uma escala emocional! Ao tomar conhecimento disso, você fica preparado para perceber e aproveitar os breves momentos de alegria e cura que inevitavelmente também cruzarão aquele céu no clima sempre mutável da mente.
Na nossa cultura, utilizamos a
palavra ‘emoção’ para nos referirmos tanto às sensações do corpo quanto aos
pensamentos. Sendo assim, convido-o agora a observar tudo que você está pensando
no momento. Sugiro que siga o ritmo da sua respiração dentro do corpo e acompanhe
por algum tempo as sensações que surgirem.
Vivência 1:
Deixe os pensamentos se manifestarem como uma silhueta na tela da sua mente. Quanto estiver pronto, poderá notar os sentimentos que surgem na consciência talvez identificando cada um deles. Poderá notar as imagens, histórias e lembranças que deles se desprendem. Talvez você precise usar a imagem do céu que abrange tudo, e que cada nuvem que passa é um pensamento que surge.
Você poderá permitir que a consciência da respiração seja um sol para qualquer coisa que apareça. É longa ou curta? Sofre mudanças? É quente ou fria? A subida demora mais que a descida ou acontece o contrário? Como são os espações entre uma e outa? Como seria envolver com a respiração aquilo que você está sentindo, como se fosse uma atadura macia?
Vivencia2: Construa um
diálogo com sua emoção.
Se há uma emoção que
parece controla-lo, ou que você sabe que continua negando e evitando, mantenha
com ela uma correspondência. Algumas pessoas gostam de fazer isso escrevendo,
por exemplo, uma carta a sua raiva, e depois, numa outra folha, uma carta da
raiva. Outra alternativa é escrever um diálogo. Por exemplo:
Eu: ‘Não entendo por
que você se apodera de mim de repente. Odeio esse seu jeito destrutivo.
Raiva: ‘Você ainda vem
falar que sou destrutiva! Você destrói cada desejo que eu tenho.
Eu: ……………
(Continue com esse
modo de relacionamento enquanto estiver interessado, talvez prolongando-o por
alguns dias ou semanas)
Vamos aprender como manter o foco de sua atenção, naquilo que realmente quer, deixando de lado as velhas desculpas de quem é o culpado ou se apegando em ideias limitantes.
Pense na seguinte analogia: você está caminhando ao lado de um rio caudaloso. O rio tem duas margens, a margem que você está agora, portanto, seu estado atual. E agora, forme uma ideia, uma visão sobre a outra margem, do lado de lá do rio. Na outra margem existem outras possibilidades para sua vida, outra versão de si mesmo, imagine isso… O que separa você é o rio, ‘o rio da vida’! Sua visão clara do que quer e deseja, pode ser o começo da construção de uma estratégia para transformar a sua vida. Portanto, parta para o seu estado desejado, a travessia da sua realização.Para isso , você necessita manter o foco.
Vamos refletir um pouco sobre: o foco.
No momento que estamos passando por alguma situação, pode ser comum que nossa forma de pensar se fixe nas reações primárias, ou seja: primeiramente é achar um vilão, um ‘culpado’, aquele responsável pelo sofrimento que estamos passando; ou ficar remoendo os “e se’s…” daquilo que poderia ter sido feito, dito ou não dito… ou ainda, entrarmos num estado de lamentação interior e rever um filme das desventuras e dores que estamos transitando. Acabamos direcionando mais nossos pensamentos e sentimentos para aquelas situações que não queremos, perdendo o foco naquilo que realmente desejamos viver.
Podemos classificar isso, como sendo foco nas situações / problemas. A atenção é dispensada e consumida em se colocar num estado de vítima da situação, se eximindo da auto responsabilidade, nutrindo sentimentos de auto piedade. Um processo de transformação, (com apoio de ferramentas e metodologia adequada), permitirá dirigir o foco de nossa atenção para a solução; não é prioritário saber meu grau de responsabilidade na criação do problema, mas assumo que sou plenamente responsável por encontrar uma solução.
O foco deixa de ser naquilo que ‘não queremos'(o problema), e passa a ser ‘o que queremos’ (a solução). Isso nos leva ao coração do processo. Numa analogia com as margens do rio, aquilo que você deseja está na margem de lá, (seu plano “B”); a solução é a ponte, o barco, enfim, a travessia que conduz você até os resultados desejados.
Para alcançar uma solução você utiliza seus recursos pessoais, que são o conjunto de pensamentos, ações, estratégias, emoções e atitudes, que vão permitir que levante recursos físicos e condições objetivas de chegar ao estado desejado, ou seja, a margem do seu pleno potencial.
Reflita e procure perceber no seu comportamento (e dos outros envolvidos nos grupos que participa), onde o foco está mais evidenciado: no problema ou nas soluções.
Perguntas focadas no problema:
O que está errado?
Por que é um problema?
Por que deu errado?
De quem é a culpa?
Por que ainda não foi resolvido?
Por que comigo?
Perguntas focadas na solução:
O que pode ser feito?
O que esta situação está me ensinando?
O que você quer?
Como você pode conseguir isso?
O que você vai fazer para que se torne realidade?
Que recursos estão disponíveis?
O que posso fazer para melhorar?
Qual o próximo passo?
Quando o foco é a solução, seus pensamentos giram em torno de identificar os recursos que possui para entrar em ação, e como e quando irá fazer isso. Quando o foco é o problema, é muito comum que você acabe reforçando suas ‘crenças limitantes’: “eu não consigo, eu não posso, eu não mereço, isso nunca vai funcionar, nunca vou conseguir isso, os outros são incompetentes, etc. O foco no problema também faz com que a maior parte de nossa criatividade seja gasta na elaboração de uma boa desculpa, aquela historinha fantástica feita para convencer outras pessoas de que a culpa não é nossa… Algumas desculpas são verdadeiras obras de arte, mas seria mais inteligente utilizar tanta capacidade de criatividade para encontrar uma solução, não é mesmo?
Finalmente, quando o que você quer (sua meta) está bem clara no horizonte, você lida com os problemas de forma diferente. O foco na solução nos ajuda a criar hábitos de planejamento preventivos, enquanto o foco nos problemas, nos torna ‘bombeiros’ que correm o tempo todo para apagar incêndios. Num ambiente de trabalho é muito fácil perceber o tipo de resultados que cada um destes modelos pode conseguir.
Nossa relação, mentor e cliente, irá facilitar o processo para que você possa dirigir suas energias em direção à sua meta, seus objetivos e ver seus problemas, situações e desafios, a partir desta perspectiva.
Por mais de 20 anos, atuei com educação empresarial, implantando programas de desenvolvimento humano e lideranças, onde aplicávamos jogos, dinâmicas e técnicas para criar um ambiente lúdico favorável a aprendizagem e constatávamos como o ambiente fica fértil para a criatividade emergir.
Incrível como permitir dar vazão a criança interior, faz com que as pessoas passem a se sentir melhor a respeito de qualquer questão ou área de suas vidas. Brincar um pouco é aprender de forma divertida e permitir que a imaginação se expanda e acesse novidades no campo da originalidade.
O que percebemos em todos os ambientes, é que muitas pessoas
levam ‘as coisas’ muito a sério: levam seriedade demais aos seus
relacionamentos, aos seus trabalhos, seus compromissos e até mesmo no seu
lazer.
Pior, parece que num determinado momento, paramos de brincar e nos divertir como fazíamos quando criança. Nos tornamos adultos sérios demais em relação a vida… e a vida faz o mesmo conosco. Essa seriedade traz consequências sérias…. É preciso brincar mais, criar momentos em que o lúdico gere aquela sensação de leveza dando um novo sabor para nossos dias. Eis uma boa atitude!
Um dito popular fala: “A vida é como um espelho, quando você sorri para ela, ela sorri para você”. A vida é divertida ou pelo, menos poderia ser.
Tudo começa pela nossa forma de pensar. Nossa mente é poderosa e cria as situações que vivemos. Para o nosso cérebro, governado pelo conteúdo mental, pouco importa se estamos imaginando que estamos alegres ou efetivamente estamos brincando. O que você der em imaginação e sentimento, se tornará realidade.
Há poucos dias um cliente meu expressou: “quando foi que eu perdi minha espontaneidade, minha alegria natural, minha ginga, meu bom humor constante? Como posso resgatar esse estado natural em mim?” Eu respondi: Da mesma forma que você fazia quando era criança: usando a imaginação para criar jogos de faz de conta.
Ronda Byrne descreve alguns casos em que isso é possível: Digamos que você é um ciclista que quer se tonar o melhor do mundo e vencer o Tour de France. Seu treinamento vai bem e você está perto de realizar seu sonho, quando é diagnosticado cum uma doença grave, com apenas 40% de chance de sobreviver. Durante o tratamento, você imagina que está pedalando no Tour de France, a corrida mais importante da sua vida. Imagina que a equipe médica são seus treinadores lhe dando conselhos e informações a cada parada. Todo dia você imagina que está competindo para reduzir seu tempo no trajeto e está ficando cada vez melhor! Você vence a corrida com sua equipe médica e se cura da doença.
Um ano depois de recuperar sua saúde, você ganha o Tour de France e vence a competição durante sete anos seguidos, tornando-se o único ciclista na história a conseguir este feito. Foi isso que aconteceu com Lance Armstrong. Ele usou as circunstâncias mais difíceis como cenário para um jogo imaginário e assim realizou o seu sonho.
Digamos que você queira ter o melhor corpo de fisiculturista do mundo e também queira se tornar um ator famoso do cinema. Você mora numa cidadezinha na Europa e vem de uma família com dificuldades financeiras, mas ainda assim acredita nos seus sonhos. Você usa a figura de um super-herói como inspiração para esculpir o seu corpo e se imagina ganhando o título europeu de fisiculturismo.
Depois de receber o título sete vezes, chega a hora de se tornar um astro do cinema. Você viaja para os Estados Unidos, mas ninguém acredita que você leva jeito como ator e lhe dão vários motivos pelos quais você jamais conseguiria realizar seu sonho. Mas você se imagina um ator famoso e é capaz até de sentir o sucesso, e sabe que isso vai acontecer. Foi isso que Arnol Schwarzenegger fez quando venceu o Mr. Olympia sete vezes e depois se tornou um dos maiores nomes de Hollywood.
Imagine que você queira ser um grande inventor. Durante a infância, sua mente é desafiada ao extremo: você é bombardeado por alucinações e flashes de luz. Você não consegue terminar a universidade e deixa o emprego por causa de um colapso nervoso. Para obter alívio daquelas alucinações incapacitantes, você assume o controle da sua mente ao criar o próprio mundo imaginário. Inspirado pela ideia de um futuro melhor, você direciona sua imaginação para novas invenções. Constrói uma invenção inteira em sua mente; muda a estrutura, faz melhoria e até opera o equipamento, sem ter sequer rascunhado no papel o que imaginou. Você cria um laboratório em sua cabeça, usa a imaginação para verificar se sua invenção funciona bem mesmo após muito tempo de uso, antes de transformar a ideia em um objeto físico. Foi isso que Nikola Tesla fez para se tornar um dos maiores inventores do mundo. Seja o motor de corrente alternada, o rádio, ao amplificador, a comunicação sem fio, a luz fluorescente, o raio laser, o controle remoto ou qualquer outra de suas mais de 300 invenções patenteadas, todas elas foram desenvolvidas exatamente assim, pelo poder da imaginação.
Portanto, não importa o que você queira, use a imaginação, crie jogos e brinque com o Universo, manifeste seus desejos. Use todos os objetos e cenários à sua disposição. Se quiser perder peso ou ter uma qualidade de vida melhor, então crie jogos que o façam sentir como se já tivesse aquela condição neste exato momento. Você pode se cercar de imagens que expressem a qualidade que você deseja viver, mas o truque é: você precisa imaginar que aquela condição é sua! Você deve imaginar e sentir que está olhando para o seu corpo ou sua vida, e não para o de outra pessoa.
Se você está gordo ou magro demais, como se sentiria se já estivesse no peso ideal? Você se sentiria diferente do que se sente agora. Tudo em você iria mudar. Você iria andar, falar e fazer coisas de um jeito diferente. Então comece a andar desse jeito agora! Se você, por exemplo, gostaria de pode se expressar melhor diante dos outros, ou até mesmo se tornar um comunicador mais aberto, quem sabe até um palestrante, como você se sentiria, se já estivesse se expressando e comunicando aquilo que acha importante? Se veja agora nessa situação, se imagine inspirando e iluminando a vida de outras pessoas. Como seria o seu jeito de se comunicar? Fale desse jeito! Aja como se já tivesse vivendo essa situação ideal.
Seja lá o que você queira, imagine como se sentiria com aquilo e aja dessa forma na imaginação desde já. Tudo que imagina com sentimento, você pede e a Fonte Original lhe dá de volta.
Armstrong, Arnol Schwarzenegger, Nikola Tesla, todos eles brincaram na imaginação e sentiram seus sonhos de todo o coração. Aquilo que imaginaram se tornou tão real que eles conseguiam sentir e saber que iriam se realizar. Não importa que seu sonho pareça estar muito longe de ser alcançado. Está mais perto de você do que qualquer outra coisa na vida, por que todo o poder de trazer esses sonhos para sua vida, está dentro de você. “Tudo é possível àquele que crê”, disse Jesus (Mc 9:23)
Hoje a ciência avança em caminhos já percorridos pelas grandes tradições espirituais. A neurociência está desvendando potenciais do nosso cérebro que tornarão o ser humano cada vez mais consciente do seu poder de co-criar com o Criador. Cada vez mais estamos constatando o poder da nossa imaginação.
Cientistas já descobriram células especiais, chamadas neurônios-espelho, que ativam as mesmas áreas no cérebro tanto quando você imagina algo, como quando você pratica aquela ação. Ou seja, basta fazer de conta e imaginar a experiência que você quer viver e seu cérebro responde imediatamente como se aquilo fosse real.
Se está falando de algo no passado ou no futuro, você está imaginando aquelas coisas agora e está focando energia criadora; está sentindo-as agora, está nessa frequência agora e é isso que faz com que chegue até você o que deseja. Quando imagina seu sonho, o universo o recebe na mesma hora. Para o Universo não existe o conceito de tempo, existe apenas o agora.
Se você está demorando a receber o que quer é porque está levando mais tempo para se sintonizar na mesma frequência de sentimento em que seu desejo está. Para ficar na mesma frequência, você tem que sentir o amor de ter seu desejo agora! Quando se colocar na mesma frequência de sentimento e permanecer lá, seu desejo vai aparecer na sua vida.
Quando você estiver muito entusiasmado com alguma coisa que aconteceu e esteja se sentindo extremamente bem, capte essa energia e imagine seu sonho. Rápidos lampejos de imaginação, é o que você precisa para utilizar o poder de seus sentimentos de bem estar por aquilo que você quer! Isso é divertir-se. É brincar de jogar com o Universo. É a alegria de criar a sua própria vida.
“Tudo o que você possa querer ou desejar, já é seu. Chame seus desejos à existência, imaginando e sentindo a sua vontade realizada”. Neville Goddard
Portanto, cuidado com o que deseja, o Universo sempre atende!!!
Deixo o desafio, para que você escreva a sua própria história de realização, assim como foram descritas as histórias dessas pessoas conhecidas internacionalmente. Em nosso meio existem muitos vencedores no anonimato. Por isso, o foco de sua história está em ser importante e não famoso. Importante é aquilo que tem valor significativo na sua vida e na dos outros. Esse é o âmago da sua VISÃO….
Tudo nasce na mente, através de um pensamento, de uma ideia, potencializada pela nossa imaginação.
Então, qual é a sua ideia que poderá tornar-se um “projetinho” importante para você e para o mundo?
É tempo
agora de você tomar uma decisão. Neste momento, prometa a si mesmo que nunca se
entregará a sentimentos de derrota ou depressão. Isto não significa que você
tem de ser irrealista sobre os desafios à sua frente. Mas que você agora
compreende que as emoções de derrota e depressão o/a impedem de realizar as próprias
ações capazes de mudar sua vida. Acredite que, embora as coisas possam parecer
impossíveis agora, é capaz de invertê-las.
Afinal, todos temos problemas,
desapontamentos e frustrações, mas é como lidamos com nossos reveses que
moldará nossas vidas, mais do que qualquer outra coisa que fazemos.
Gostaria
de partilhar um exemplo maravilhoso desse princípio em ação, descrito por
Anthony Robbins no seu livro Poder sem
Limites:
“Há muitos
anos, um jovem queria ser músico famoso. Largou a escola e saiu pelo mundo.
Arrumar um emprego era bastante difícil para alguém sem experiência, que não
completara o curso secundário. Ele se descobriu a tocar piano e cantar em
alguns dos bares mais sórdidos da cidade, entregando o coração e a alma a
pessoas tão embriagadas que sequer notavam sua presença. Pode imaginar a
frustração e humilhação que ele devia sentir? Ficou deprimido emocionalmente e
abatido. Não tinha dinheiro, e por isso dormia em lavanderias automáticas. A
única razão que o fazia persistir era o amor de sua namorada, uma mulher que
ele sabia ser mais linda do mundo.
Mas um dia
ela também o deixou…. e ele sentiu que sua vida acabara. Decidiu suicidar-se.
Mas, antes de consumar o ato, tentou obter alguma ajuda, internando-se num
hospital psiquiátrico. Nesse hospital, sua vida mudou… não porque
ficasse ‘curado’, mas porque se assustou
ao constatar como as coisas podiam se tornar terríveis! Compreendeu que não
tinha problemas reais. E nesse dia
prometeu a si mesmo que nunca mais se perimntiria, nunca mesmo, ficar tão
deprimido. Trabalharia com tanta dedicação quanto precisasse, por tanto tempo
quanto fosse necessário, até se tornar o músico bem-sucedido que sabia que
podia ser.
Não vale a pena ferir-se por ninguém, por
nenhum desapontamento. A vida sempre vale a pena. Há sempre algo por que se
sentir grato.
Por isso
ele persistiu. As recompensas não vieram de imediato, mas acabaram surgindo.
Sua música hoje é conhecida no mundo inteiro. Seu nome é Billy Joel.
Você e eu
precisamos nos lembrar sempre de que os atrasos de Deus não são negativas de Deus,
que não há fracassos, que se você tenta alguma coisa e não dá certo, mas
aprende no processo, o que pode ajudá-lo/a a ser mais eficaz no futuro, então
foi na verdade bem-sucedido/a.
Há um dito
que sempre me ajudou ao longo dos anos:
O sucesso é o resultado do bom julgamento!
O bom julgamento é o resultado da experiência.
A experiência é muitas vezes o resultado de um
mau julgamento.
Persista!
Se continuamos a nos emprenhar para fazer com que as coisas sejam melhores e
aprendemos com os nossos ‘erros’, então alcançaremos o sucesso.
Coisas
importantes a serem consideradas num processo seletivo, em que uma das etapas
podem ser as tais “dinâmicas de grupo” ou psicotécnico.
É possível
que alguém pergunte: “como eu devo me preparar para essa etapa”?
Sinceramente,
quanto menos o candidato se prepara para uma dinâmica, melhor.
Me sinto bem
a vontade para falar disso, pois atuei longo tempo na área de RH de uma instituição
financeira, facilitando dinâmicas e jogos para facilitar os processos.
Eu me considerava
um expert no assunto. Achava que conhecia
e dominava o esquema. E foi com essa mentalidade que me candidatei a uma vaga
de consultor interno, para atuar em todo a rede daquela empresa. Haviam 30
vagas e muitos candidatos, porém, dificilmente teriam entre os 10 primeiros,
alguém tão preparado quanto eu! (Assim
eu pensava…)
A área onde
eu estava lotado foi quem coordenou o processo, portanto, mais um ponto para
mim, certo? Errado! O consultor externo que foi contratado pela instituição
para realizar a seleção e aplicar a dinâmica, coincidentemente era meu
professor e mentor na minha formação de dinâmica de grupos. Mais fácil ainda,
certo?!! Ledo engano… todos esses pontos de vantagem se voltaram contra mim
mesmo durante a dinâmica. Eu subestimei a concorrência e superestimei minha
posição.
Minha
postura durante a seleção era de alguém que se achava o mestre do assunto,
cuidando e analisando mais os outros, do que conectado realmente comigo e com o
foco do que eu desejava. Desconectado, eu desejava que os outros abrissem
oportunidades para mim, ou seja, intimamente eu pensava que a responsabilidade
de eu assumir uma posição melhor estava nas mãos do meu chefe, diretor, enfim na
empresa.
Lembro que a
dinâmica iniciou com o professor abrindo uma embalagem de remédio. Tirou a bula
e falou dos itens importantes daquele remédio: indicação, contraindicação,
posologia. etc. Lançou o desafio para o grupo se apresentar como se cada um
fosse o remédio. Então, individualmente, cada candidato foi indo à frente do
grupo e se apresentava dizendo que remédio era, qual a sua indicação, quais as contraindicações,
como deveria ser usado etc. Chegou a minha vez! Minha única lembrança: parecia
um boneco sem sentimento.
Aliás, numa
das questões colocadas para debatermos, questionava-se o “por que” eu merecia a
tal função? Não lembro bem qual foi meu argumento, mas sei que expressei que, ‘eu era um cara que atuava em toda a rede, por
alguns anos, tinha pós nisso, naquilo, conhecia muito sobre RH e pessoas, e que
a empresa não me dava oportunidades.
Tamanha
arrogância e soberba… aí começou o meu declínio. O cara que se considerava o
melhor, entre pelo menos os 5 primeiros, ficou em 28 lugar…
Um detalhe,
convenci uma colega que atuava comigo nos grupos de desenvolvimento, a
participar da seleção. Ela não queria, mas insisti tanto que acabou concordando
em participar e seguiu tranquila e despreocupada com o resultado… para minha
surpresa, ficou em oitavo lugar.
O feedback
que meu professor e condutor da dinâmica me deu, foi avassalador! Fiquei três
dias ‘tonto’, em estado febril, sem saber o número da ‘placa do caminhão’ que
passou por cima de mim. Meu orgulho se espatifou no chão e o meu ego teve que se
dobrar.
O
aprendizado que levo comigo em todas a situações, é de que as portas que me
levam para o sucesso e a realização são vastas e bem largas, fácil de passar, porém,
são bem baixas, perto do chão. Para passa-las é preciso ter humildade.
Pois bem,
dito isso, chegamos a conclusão: vá para o teste ou para a dinâmica sendo você
mesmo:
Seja e aja naturalmente, sem querer ser quem
você não é. Mantenha a calma e seja o mais verdadeiro possível ao realizar os
testes ou responder as perguntas, bem como ao se posicionar no grupo.
É bem provável que a avaliação das competências
humanas e sociais sejam avaliadas durante todo o processo. (Desde as provas de
conhecimento técnico / operacional, simulações etc).
Humildade não é postura de corpo nem tom de voz.
É acima de tudo, sentir-se digno, conhecer e saber o que tem a oferecer.
Para manter sua segurança e autoconfiança
durante a prova, conheça e domine as questões técnicas e operacionais que
envolvem o cargo que você almeja. Isso ajudará você se manter calmo, tranquilo
e focado.
Durma bem na noite anterior – nada pior do que
ir para uma dinâmica com seu estado mental alterado, por uma noite mal dormida.
(Melhor adiar a participação na dinâmica).
Finalmente,
durante sua rotina de hoje até o dia das provas, faça o exercício da
auto-observação e visualização: pense e imagine-se sendo, fazendo e se
comportando conforme o profissional que você deseja se tornar no futuro.
Você vai
assumir um cargo de direção. Saiba dirigir primeiramente sua própria vida,
aprenda com suas vitórias e fracassos. O verdadeiro líder é aquele que primeiramente
liderou a sua própria existência. Desenvolva um espírito amistoso e cordial através
de uma comunicação assertiva. Para liderar é necessário querer estar com
pessoas. Elas precisam ‘sentir’ que você sabe a ‘direção’ e que precisa delas
para construir o caminho para chegar lá…
No passado quase
deixei passar uma grande oportunidade porque, ao invés de me concentrar no que
eu desejava e naquilo que me movia internamente (pessoal e profissionalmente), coloquei
atenção no que os outros pensavam ou esperavam de mim. Me ‘achei’ como alguém
que sabia mais do que muitos e por isso merecia reconhecimento e oportunidades.
Hoje sei que os melhores aliados que posso ter são: meus reais interesses, meus
valores, minhas crenças e meus sonhos. Fora isso, qualquer vento contrário ou
estimulo externo (positivo ou negativo), podem me conduzir a um lugar que eu
não gostaria de estar.
Hoje estou
no lugar onde eu mesmo me coloquei. Essa é a minha liberdade!