Plenitude ou Aniquilamento

EXISTIR É UMA GRANDE TRAVESSIA E DESEJAMOS FAZER ESSA JORNADA (!?)
O desejo de voar começa com a emoção de cair…
O desejo de vencer contém o medo de fracassar…
O desejo da semente é o fruto…

Assim como:
O caminho do guerreiro é o aprendiz…
O caminho da borboleta é a lagarta…
O caminho do Pai é o Filho…
O caminho da Vida é a morte…

Dentro de cada semente tem uma informação potencialmente inteligente a ser manifestada, que no mero ato de viver, deve se expandir.

Uma semente caída no chão brota em atividade e, no ato de viver, produz uma planta e mais uma centena de sementes; a vida por viver, se multiplica. Está sempre se aumentando. Assim é a própria natureza para continuar existindo. De tal maneira, a consciência está continuamente se expandindo.

Todo fato que aprendemos leva-nos ao aprendizado de outro fato; o conhecimento está continuamente se expandindo. Todo o talento que desenterramos e cultivamos em nós mesmos, traz a mente o desejo de cultivar outros talentos. No início da minha juventude gostava muito de tocar tambores (percussão). Depois fui para academia, e então abandonei essa habilidade para me dedicar aos estudos, pois segundo a orientação convencional, a arte não iria me proporciona a sobrevivência necessária: “vai ser alguém”, depois pode tocar música. E assim aconteceu, até que chegou um momento que aquilo que eu realizava no mundo não preenchia um vazio que se abria. Então fui conduzido a desenterrar o talento da música. Passei a fazer aulas de percussão e o tambor do meu coração descobriu novos sentidos para curar minhas feridas e ansiar por mais vida. Certamente não sou um talento musical dos palcos, porém, a arte naquele momento estava buscando sua expressão em mim o que me levou a saber mais, fazer mais e ser mais, inclusive em outros setores de minha vida.

Portanto, o desejo de querer mais riqueza, por exemplo, é simplesmente a capacidade para uma vida maior buscando realização. Wallace Wattles, da escola dos novos pensadores do século XX, diz que todo o desejo é o esforço de uma possibilidade não expressada de transformar-se em ação. É o poder buscando se manifestar que causa o desejo. Assim, o que faz você querer algo a mais, é o mesmo que faz a planta crescer; é a vida buscando uma expressão mais plena.

Wallace afirma, a substância original única deseja viver mais em e através de nós. É o desejo de Deus que cada qual possa ser, fazer e ter o melhor que desejar. ELE quer que você evolua integralmente porque poderá expressar-se melhor através de você. O universo deseja que você tenha tudo o que quiser. A natureza é favorável aos seus planos.

É essencial, porém, que seu propósito deva se harmonizar com o propósito que há em tudo. Você deve querer uma vida real, não o mero prazer ou a gratificação dos sentidos. A vida é o desempenho da atividade, e o indivíduo realmente só vive quando desempenha todas as atividades – físicas, mentais e espirituais – de que é capaz, sem excessos em nenhuma delas.

A cada passagem, cada entrada em um novo estado de consciência, encontraremos o desejo e o medo. O desejo como pulsão de vida e o medo como pulsão de morte, perda. Guardar uma semente numa redoma de vidro não significa que preservaremos ou daremos mais vida a ela, provavelmente não.

Germinar, nascer, cresce e se desenvolver, implica no medo de perder ou deixar partir, um estado de ‘ser’ que estávamos identificados, para assumir um novo. Muitas vezes esse estado de identificação pode ser a imagem que os pais têm de nós mesmos. Então aqui, o desejo – tentativa de se igualar – terá o medo de não conseguir corresponder a ela: “Não posso ser eu mesmo porque tenho que corresponder à imagem que meus pais têm de mim e ao que eles desejam para mim”.

Em outro momento o desejo de vencer, de ter sucesso vem com o medo, por exemplo, de não querer ser melhor do que seus pais no campo profissional, intelectual ou afetivo. Segundo Freud, aqui, o indivíduo teme que se os ultrapassar, corre o risco de perder o amor deles.

Para você evoluir em sua carreira profissional, precisará mudar o estado de sua consciência. Assim como para assumir um relacionamento a dois, também deixará de viver um estado focado em si mesmo para compartilhar com o outro. E assim será nas mais diversas escolhas que fizer no seu dia-a-dia.

Buscar apoios confiáveis para realizar essa travessia, através das terapias ou nas metodologias de desenvolvimento e impulsionamento pessoal, facilitará a pessoa na escuta do desejo mais profundo que a habita e transpor os obstáculos e medos envolvidos, reconhecendo uma nova identidade pessoal: o poder de ser ela mesma, onde poderá acessar o próprio pensar, o próprio desejo e a própria palavra.

Tornar-se uma pessoa é um caminho…

“Não nascemos humanos, nos tornamos humanos” Joseph Campbell

Faça a experiência!

RESPIRAÇÃO DELIBERADA

Respirar profundamente é uma parte importante do seu ‘estar-bem’, pois com a respiração profunda, acontece ativação a nível celular. Em outras palavras, essa corrente carrega a vitalidade para as extremidades das células. Assim, quanto mais você respira, mais você viceja.

Alguns dizem que é a forma como o Espírito se move. Dizemos que é a forma como a vida se move mais eficientemente através de seu corpo físico. E, felizmente, respirar é algo que não é da responsabilidade da mente consciente. Você não precisa ficar alerta para respirar. Acontece. Mas você pode estar alerta para respirar mais.

Encorajamos você a pegar um pouco de ar deliberadamente. E antes de deixar o ar sair, pegue um pouco mais de ar. E antes de deixa-lo sair… E você diz “Eu não posso pegar mais ar, pois não há espaço para coloca-lo aqui”. E dizemos ‘sim, há sim, pegue um pouco mais de ar’.

Expanda sua capacidade. Seus pulmões como balões, podem ser contraídos ou expandidos completamente. Quando você se os move numa base regular, eles se expandem, mas não completamente. Quando deliberadamente respira profundamente, esse processo de torna-los cheios se torna natural – e antes que você se dê por conta, estará fazendo isso involuntariamente. Você irá respirar profundamente mais e mais naturalmente.

... E seus corpos irão vicejar. Isso é mais importante até do que beber água. Isso está alinhado com o poder da própria vida.

Quando concentrado em sua respiração, você não está concentrado em mais nada. E nessa ausência de resistência, você também está permitindo o alinhamento da energia. Então, você ganha uma força sobrenatural dupla com isso: Você se alinha com a Energia Universal. Você literalmente alimenta as células do seu corpo, permitindo que o oxigênio alcance as extremidades de suas células. Tudo se torna vivo – se tudo funciona melhor!

O metabolismo funciona melhor, o processo de eliminação se torna melhor, a consciência funciona melhor, o sangue flui melhor. O auto florescimento vem disso!

Passe, durante essa semana, a ter mais consciência de sua respiração. Expanda sua capacidade de respirar. Dedique alguns instantes do dia e, se concentrar na respiração, e em mais nada, então, observe o que acontece! (Excerto do workshop dos Abraham – Valor da Respiração Consciente).

FAÇA A EXPERIÊNCIA…

Relacionamentos Evolutivos

Relações Evolutivas

A psicologia do desenvolvimento ou psicologia social, aponta que um dos segredos para manter os relacionamentos em evolução, fortes e vibrantes, permeados de compreensão e amor, é a responsividade emocional. A responsividade, segundo Sue Johnson, pesquisadora, psicóloga e escritora de Ottawa,  tem a ver com os aspectos de entender o que o outro está sentindo através dos pequenos sinais. “Você está aí para mim?”. Segundo Sue Johnson, trata-se de sincronia emocional, de estar conectado ao outro”.

Segundo a pesquisadora, o que torna um casal infeliz é quando eles têm uma desconexão emocional e não conseguem se sentir seguros com essa pessoa. O criticismo, a rejeição, o afastamento e o ficar na defensiva são atitudes extremamente estressantes, que o cérebro interpreta como um sinal de perigo.

Carrie Cole, do Gottman Institute do Texas, instituição que estuda os relacionamentos conjugais desde a década 70, afirma que o afastamento emocional se torna um risco quando o casal não realiza atividades que criam positividade. Segundo Carrie, quando isso acontece, as pessoas se sentem como se estivessem cada vez mais distantes até que um nem sequer conheça mais o outro.

Com base em suas pesquisas, a orientação fundamental do instituto é encorajar os casais a construírem rotinas com pequenos hábitos de contato que expressem o carinho de um pelo outro.

Manter um relacionamento evolutivo é um desafio para qualquer parceria, porém é possível. Relacionamentos saudáveis e harmoniosos são uma junção de dedicação e companheirismo.

Hoje temos metodologias que facilitam o fortalecimento dos laços através da criação de espaços para o diálogo empático, onde ambos podem expressar suas necessidades e evitando as críticas. Quando cada qual se conhece melhor, reconhece sua estrutura formativa (personalidade) e o momento em que está  vivendo, fica mais fácil construir laços fortes e vibrantes no relacionamento.

Márcia Lerina, pesquisadora e fundadora do Sistema T-Ser – Programas de Desenvolvimentos, São Paulo, há mais de 30 anos pesquisa a dinâmica dos relacionamentos nas organizações e diz que dois aspectos nos desafiam em nossa evolução: o primeiro se relaciona com o nosso propósito enquanto indivíduo neste mundo; o segundo, as nossas relações. Compreender os potenciais dos relacionamentos nos capacita para uma nova dimensão de possibilidades em nossos vínculos. Quando os casais compreendem essencialmente (a partir de um estudo e uma análise profunda de ambos), o compromisso de vida que a parceria veio viver, passam a potencializar a relação aproveitando melhor os aprendizados que se apresentam no dia-a-dia, além de obterem melhor clareza e compreensão dos acordos, intenções e objetivos que se estabelecem na parceria.

Focar em propostas como essa, é facilitar o processo que a ciência dos relacionamentos chama de conexão emocional entre ambos. Elas facilitarão você e seu parceiro a se conhecerem melhor e consequentemente se sentirem bem consigo mesmos, seguros no relacionamento, ficando a relação ancorada nos reais propósitos pelos quais decidiram por compartilhar a vida em parceria.

Helen Fisher, antropóloga bióloga do Kinsey Institute, da Universidade de Indiana, descobriu a partir de tomografias, que três comportamentos expressos em componentes neuroquímicos estão presentes em pessoas que se consideram muito satisfeitas com seu relacionamento: a prática da empatia, o controle dos próprios sentimentos e a manutenção de uma visão positiva do parceiro. Nesse sentido, nos relacionamentos evolutivos, cada cônjuge mantem empatia e procura entender a perspectiva do outro, ao invés de insistir em permanecer na sua certeza.

Diante desses fatos reforçamos a importância fundamental de cada parceiro fazer a gestão de suas emoções, monitorando os níveis de estresse e cultivando um canteiro fértil para o florescimento dessa relação. Lembrando que o conflito faz parte do contexto na construção da harmonia. Permanecer no conflito ou no “deixa estar”, não é o caminho para evolução.

Hoje, através da evolução da psicologia positiva e da neurociência temos acesso a diversas ferramentas para realizarmos melhor a gestão emocional. O ser humano é um ser racional mas na hora das decisões, decide emocionalmente. Esse processo é governado pelo nosso cérebro instintivo, reptiliano, onde uma das suas funções é a preservação da espécie. Sendo assim, quando existe uma ameaça externa, (que pode ser uma divergência de opinião, um estimulo negativos  ou as mais extremas agressões e violências psicológicas, verbais ou físicas) gatilhos sinalizadores, alertam o perigo de que a “nossa fronteira” está sendo invadida e será preciso agir: lutar, fugir, desfalecer ou congelar! São reações primitivas e que por sua vez, podem instalar o conflito na relação.

Existem maneiras de manter o domínio frente a esses estímulos externos que não demonstram iminente risco de morte. Entre o estímulo externo e a reação interna existe a escolha. Porém, nosso “réptil” bem treinado, agirá rapidamente de acordo com as informações primárias armazenadas e bem treinadas. Quando expandimos esse tempo, entre ação e reação, aumentamos a nossa chance de escolhermos de forma mais racional – usando nossa inteligência e vontade – para então decidir com menos impulsividade, sobre qual será a forma mais coerente de agir.

(Nos casos mais extremos de  desequilíbrio emocional, o apoio dever ser buscado nos profissionais da psicologia. Em outros casos mais superficiais, uma ótima opção poderá ser a busca de um assessoramento pessoal através de um profissional competente que possa auxiliar na transformação desses estados emocionais, que envolvem os parceiros).

Uma dica de Helen Fischer para começar gerir hoje mesmo suas emoções: “se você não consegue se segurar sozinho quando a raiva aparece, desvie-se dela:  vá para academia, dê uma volta com o cachorro ou leia um bom livro. Faça qualquer coisa que tire você de um caminho destrutivo”.

Precisamos ter clareza de que a qualidade dos nossos relacionamentos determina muito a nossa qualidade de vida. Helen afirma que “bons relacionamentos não são apenas mais felizes e bonitos. Quando sabemos como curar nossas relações e mantê-las saudáveis, elas nos fazem mais resilientes. Todos esses clichês sobre como o amor nos torna mais forte, não são só clichés: isso é fisiológico. A conexão com as pessoas que nos amam e nos valorizam é a nossa importante rede de segurança na teia da vida”.

Boas reflexões e aprendizados!

(leia mais sobre pilares das parcerias de sucesso: http://jaimesalvon.com.br/site/index.php/2015/05/17/bases-das-parcerias-de-sucesso/)

Em Busca de Si Mesmo!

Uma das alegrias da vida numa época de ansiedade e dúvidas é o fato de sermos forçadas a tomar consciência de nós mesmos. Quando a sociedade atual, nesta fase de reversão de padrões e valores, não consegue nos dar uma nítida visão ‘do que somos e do que devemos ser’ (nas palavras de Matthew Arnold), vemo-nos lançados à busca de nós mesmos.

A dolorosa insegurança que nos rodeia torna-se um incentivo a indagar- se: será que passou despercebido um importante manancial de força e orientação? Aonde encontrar orientação, firmeza e determinação para construir minha inteireza humana?

Constato que esse incentivo não é considerado uma benção. Prefere-se indagar: como é possível alcançar a integração interior numa sociedade tão desintegrada? Ou então: como empreender para evoluir e alcançar auto realização numa época em que quase nada é certo, nem no presente… nem no futuro?

Longe de trazer uma fórmula mágica, a semente que lanço sobre o solo árido dos nossos pensamentos, sentimentos e ações, será de grande ajuda, sem dúvida alguma, uma inspiração para a busca do próprio eu.

Mas existe algo além dos conhecimentos técnicos e compreensão pessoal que animam a aventurar-me em pisar nesse solo, apresentando questões, ideias e experiências: o privilégio de acompanhar semanalmente pessoas e grupos em suas lutas íntimas e diárias para alcançarem seus desejos mais profundos. Essa ciência adquirida desse contato tem sido o maior aprendizado. Como afirmou Alfred Adler: “Os alunos ensinam os professores”.

Assim, tanto o Coach, quanto o Mentor, não podem deixar de ser eternamente agradecido pelo que aprendem diária e semanalmente sobre a importância e a dignidade da vida com aqueles a quem chama de coachee’s ou alunos.

Que essas Gotas de Inspiração lhe sirva hoje de aperfeiçoamento, auxiliando a ver sua imagem e experiências projetadas, e assim, perceber sob uma nova luz suas questões a serem equilibradas.

A quem você é grato pelos ensinamentos ocultos que são proporcionados semanalmente?

Que habilidade ou ponto forte seu, você poderia fortalecer essa semana para superar as incertezas e sentir-se mais confiante e pleno?

Boas experiências!

Concretização do Ideal

“Pode parecer que fracassos e êxitos são determinados por fatores externos. Mas os fatores externos são criados pela mente. Se você persistir em mentalizar no que deseja e continuar se esforçando para consegui-lo, ocorrerão mudanças no mundo a sua volta bem surgirá o caminho para a concretização do seu desejo”. Massaharu Taniguchi

Sabedoria e força interior para ser vitorioso*.


Estas são as qualidades que nos capacitam a fazer escolhas acertadas quando as decisões da vida se apresentam diante de nós:
• Tranquilidade interior, o estado em que as nossas faculdades de intuição e discernimento 
podem despertar;
• Esforço para ser menos emotivo e mais objetivo, distanciando-se de apegos pessoais e preconceitos;
• Humildade para pedir orientação a Deus em vez de confiar na própria “sabedoria”.
Ao meditarmos profundamente todos os dias, começamos a desenvolver e nutrir todas essas qualidades._
*Sri Daya Mata, Livro Intuição – Orientação da Alma para as decisões da vida.

– Quais escolhas importantes que necessita fazer essa semana, mês… ou ano?_
– O que é necessário você fazer para manter a tranquilidade interior e poder decidir de forma mais racional?_
– Como está sua disposição para buscar uma orientação profunda e essencial?

O que move aqueles que desabaram um dia?

“Gosto das pessoas que foram quebradas pela vida, existe uma beleza única nas suas rachaduras.” (Zack Magiezi)

É complicado tentar comparar ou mesurar sofrimento, porque as pessoas recebem e digerem o que vem da vida, conforme aquilo que possuem dentro delas; trata-se de algo muito pessoal. A dimensão que os acontecimentos tomam depende da forma como cada um encara o mundo, dos valores e crenças que carrega, independentemente de qualquer outra coisa. Talvez a dor seja proporcionalmente mais intensa, quanto maior a quantidade de expectativas que ela quebre.

As pessoas reagem de forma diferente aos mesmos acontecimentos, com maior ou menor intensidade. Ademais, certos indivíduos externam o que sentem sem pestanejar, enquanto outros prendem mais fortemente, somente para si, as escuridões que seu íntimo enfrenta. Por essa razão é que se torna um tanto quanto injusto compararmos as dores das pessoas tão somente nos baseando no que elas nos mostram. Dentro de muitos, há tempestades dolorosas se formando.

Embora não possamos comparar o sofrimento, ao menos conseguimos discernir que certos acontecimentos machucam muito, de uma forma avassaladora, retirando o chão de qualquer um. Existem tragédias que sequer imaginamos em nossas vidas, tais como a perda de um filho, a perda de todo um patrimônio, uma deformação física abrupta, uma doença terminal, condições adversas extremas. Infelizmente, ninguém está livre de ter de enfrentar a perda do que lhe é vital.

Há inúmeros exemplos por aí, à nossa volta, de gente que sobrevive ao que parecia impossível de se suportar, ao que nada mais traz do que desesperança, desespero e dor. Provavelmente, até entre nossos colegas, existem pessoas que já atravessaram os corredores amargos das escuridões dolorosas e sobreviveram. Porque são humanos e as pessoas são incríveis, possuem uma capacidade interminável de se reinventarem, de se fortalecerem e de se reergueram de novo e de novo, sobrevivendo ao que parece inconcebível, impossível.

E o que move, no fundo, a todos os sobreviventes, que não sucumbem ao que parece intolerável, é a esperança. Sim, esperança, fé, olhos fixos adiante, no horizonte de possibilidades que ainda estarão por vir, na certeza de que há um porquê por detrás de cada tombo nesta vida. Esperança na própria força, nas pessoas, esperança no amor. Porque quem tem amor dentro de si jamais estará desamparado, ainda que esteja sozinho.

O Eu Limitado – Reconhecendo o inimigo interior

Inconscientemente tendemos a nós cercar de pessoas que representam os aspectos ocultos de nós mesmos e se comportam de um modo que não ousamos. Uma mulher emocionalmente vivaz e charmosa, por exemplo, pode se sentir atraída por alguém indiferente, reservado…um pai que sempre trabalhou bastante, sempre fez as coisas certas, tem um filho que adora assumir riscos, quebrar as normas, andar na corda bamba, ser preguiçoso, apenas gozar a vida. Um homem descrito como um verdadeiro ‘anjo’, bondoso, mas muito ansioso, casa-se com uma mulher descrita como explosiva, manipuladora, ‘uma verdadeira filha da mãe que não se importa com nada nem com ninguém’.

Segundo a pesquisadora e terapeuta Dawna Markova, EUA, um inimigo externo, seja Hitler, Osama ou aquele colega de trabalho que você não suporta, é construído a partir de aspectos fragmentados de si próprio, do lado oculto da máscara.

Dawna descreve uma situação própria: ‘Como acontece com a maioria das pessoas, peguei alguns inimigos do porão da minha mente e lancei-os para fora da consciência, projetando-os nos outros. Quando conheci meu marido Andy, o que me chamava atenção nele era a percepção sensual e saudável que tinha de seu corpo e do mundo físico ao redor. A princípio achei aquilo muito atraente. Parecia-me totalmente estranho e desejável. Mas logo comecei a acusá-lo de preguiçoso, de ficar o dia todo por aí vivendo o momento, nunca se preocupando com as desgraças que acontecem no mundo ou com o futuro. Foi preciso um longo tempo e escorço para eu prestar atenção em mim mesma em vez de me voltar contra ele. O que acabei percebendo foi meu próprio medo medo de sentir – qualquer coisa que fosse. Para mim, sentir significava que naquele momento eu tinha de sentir minha dor. Enquanto eu me preocupasse com o futuro, poderia ignorar meu próprio sofrimento. Durante anos, justifiquei meu entorpecimento explicando sobro o quanto de bom eu estava fazendo no mundo. Os sintomas estavam tão próximos dos sentimentos quanto eu os permitia. Eu era mais leal ao corpo dele do que ao meu próprio, e isso era uma emergência espiritual. Andy era parte desperta de mim e eu era a parte adormecida dele. Se eu não aprendesse a despertar os sentimentos, a sensualidade, o corpo, acabaria morrendo.

Deixo um breve exercício para que esse conceito seja pertinente, seria útil pensar nas pessoas com quem você tem mais problemas. Pense, agora, se quiser, em cinco pessoas, do passado ou do presente, que o deixaram ou deixam decepcionado ou irritado. A pessoa como um todo pode aborrecê-lo ou apenas um determinado comportamento dela (p. ex.: ‘Não consigo suportar o Rafael, não sei por quê”. Ou: ‘A arrogância daquele governante me deixa furioso”.) Considere especialmente os ‘tipos’ de pessoas ou de comportamentos que costumam aparecer com frequência na sua vida. (por ex.: Não sei por que, mas estou sempre me apaixonando por homens agressivos’). Continue lendo “O Eu Limitado – Reconhecendo o inimigo interior”

A BANALIDADE DO HOMEM

(Por Edson Bundchen – CEO Banco do Brasil)

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“Ao se deparar com os horrores da segunda Grande Guerra , Hannah Arendt se perguntava que tipo de monstro poderia engendrar e perpetrar tamanhas barbaridades. Que sentido moral estava em jogo ? De que forma alguém poderia colocar em ação um genocídio cuidadosamente programado e que levou à morte milhões de seres humanos ?

Quando se debruçou sobre o caso do oficial alemão Adolf Eichmann, responsável pelo envio de judeus aos campos de concentração, Arendt se deparou com uma constatação terrível e perturbadora: Eichmann era um homem comum , sem traços aparentes que o identificassem com um ser maligno e com uma personalidade psicopata . Ao contrário , o que se viu era um homem sem brilho ou inteligência superior , um burocrata como outro qualquer , mas que se via como alguém que simplesmente cumpria ordens , incapaz de sentir-se protagonista e muito menos responsável pelo mal que cometia.

A isso Arendt chamou de “ banalidade do mal “, fenômeno no qual o indivíduo torna-se incapaz de julgamentos morais por fazer parte de uma multidão , ou ligado a alguém superior que lhe dá ordens e essa cobertura invisível lhe confere isenção de culpa por total falta de autocrítica.

A expressão “banalidade do mal “ cunhada por Hannah Arendt, gerou muita polêmica. Peter Drucker, por exemplo, discordava de Arendt. Para Drucker , o mal nunca é banal, os homens é que são triviais.

A consciência do mal é crucial em momentos de tensão social. Nessas horas , instituições sólidas são fundamentais. Depender do sentimento primal dos indivíduos pode colocar em risco os pilares que sustentam a sociedade e um desses fundamentos é o fiel cumprimento da Lei .

Sem ordem , o fenômeno desnudado por Hannah Arendt pode aflorar, muitas vezes de origens improváveis , mas capazes de catalisar sentimentos reprimidos e em busca de vazão, e isso pode ser muito perigoso.

O homem levou séculos para criar a atual figura do Estado de Direito , uma construção social portanto. Apostar no fortalecimento da democracia , do diálogo , da transparência e do senso de justiça são ações que criam barreiras à violência , à injustiça , à iniquidade e à barbarie . Fora do Estado de Direito não há solução.

Por isso , é vital vigiar de forma constante os preceitos fundamentais que consubstanciam a sociedade , pois, no estado natural como preconizava Hobbes , o homem vira lobo do homem e sob o manto da banalidade do mal a violência pode não encontrar barreiras legais ou morais suficientes” .

 

Integração: Harmonia ou Monotonia!

(Filósofo e Teólogo Huberto Rodhen)

“Harmonia não é caos – mas também não é monotonia. Harmonia supõe diversidade de gênios e gostos.

Essa diversidade tem de continuar a existir. Ninguém precisa deixar de ser o que é. Extinguir o modo individual e característico de pensar e sentir dele ou dela seria o mesmo que decretar a mais insípida monotonia, criar um clichê ou um chavão, que ninguém suportaria por muito tempo. Continue lendo “Integração: Harmonia ou Monotonia!”

Oitava ideia errônea…

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A oitava ideia errônea que pode distorcer nossa realidade:

“É mais fácil evitar certas dificuldades e responsabilidades do que enfrentá-las”.

A irracionalidade  dessa ideia é ignorar o fato de que evitar uma tarefa ou responsabilidade é sempre mais doloroso e desgastante do que fazer o que é preciso, sem se lamentar.

O escape sempre leva a problemas maiores e, eventualmente, à perda de auto-confiança e auto-respeito.

A maioria das pessoas reage inconscientemente as questões da vida através de uma posição de vítima. Sempre que nós recusamos a assumir responsabilidade por nós mesmos, escolhemos ser vítimas. Isso nos faz que nos sintamos à mercê, traídos e injustiçados, não importando em qual situação estejamos. Continue lendo “Oitava ideia errônea…”

Ideias Errôneas que constróem nossa realidade…

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A sétima ideia errônea que pode distorcer nossa realidade:

“Devo ser dependente de outras pessoas e preciso ter alguém mais forte do que eu em quem possa me apoiar”

Essa distorção é uma grande exacerbação da dependência. Conduz a uma vida ‘em que se é cuidado’, ao invés de levar à independência, autodeterminação e auto-expressão.

Esse tipo de dependência tende a se intensificar; torno-me cada vez mais dependente. Assim, fico cada vez mais à mercê da pessoa de quem dependo. As pessoas racionais, virtuosas, querem ser elas próprias, tomar suas próprias decisões, assumir suas próprias responsabilidades. É lógico que essas pessoas estão dispostas a pedir e a aceitar ajuda quando precisam, mas não a entregar sua vida a quem quer que seja. Estão dispostas a correr riscos como parte do processo de crescimento. Se estão erradas ou se falham, isto não é o fim do mundo. Continue lendo “Ideias Errôneas que constróem nossa realidade…”

O Problema tem ou não tem solução?

A Quinta ideia errônea que distorce nossa realidade!

“Deve haver uma solução acertada e perfeita para cada uma de minhas situações / problemas. Caso contrário, estarei numa situação desesperadora”

É óbvio que não existe uma solução perfeita para todos os problemas da vida.

Além disso, o fracasso em resolver um problema através de uma solução perfeita não é nenhuma catástrofe.

Podemos aprender e crescer através dos fracassos.

A ansiedade provocada por essa distorção vai, provavelmente, reduzir a eficiência na resolução do problema.

Uma pessoa racional sabe que há opções e alternativas na solução de todos os problemas.

Também é verdade que alguns são insolúveis. Precisamos conviver com eles e aprender a arte da aceitação.

Quando está diante de uma decisão ou da resolução de um problema, a pessoa centrada na sua razão maior, vai considerar todas as opções do momento e escolher a solução mais viável, depois de avaliar todos os aspectos.

Se o seu problema tem solução, relaxe… ele tem solução!
Se o seu problema não tem solução, relaxe… ele não tem solução!