Isso também vai passar…

Uma breve parábola.

Havia um rei, que uma vez disse aos sábios da sua corte: (Texto Sufi de Mulá Nasrudin)

“Eu tenho um anel com um dos diamantes mais preciosos do mundo, e eu quero esconder uma mensagem sob a pedra, que pode ser útil numa situação de extremo desespero. Eu darei esse anel aos meus herdeiros e quero que ele sirva fielmente.  Pense qual tipo de mensagem vai estar lá. Deve ser bem curta para caber no anel.

Os sábios sabiam como escrever tratados, mas não sabiam se expressar em sentenças curtas. Eles pensaram e pensaram, mas não chegaram à lugar algum.

Havia um ermitão que vivia no alto de uma montanha. O rei foi ter com ele e queixou-se da incapacidade dos ditos sábios da corte. O velho homem então disse:

“Eu não sou sábio, não tenho educação, mas tenho uma mensagem que pode servir. Porém, você não poderá lê-la. Guarde sob a pedra e abra apenas quando não houver nenhuma outra saída.

O rei ouviu o velho místico e retornou seu castelo.

Depois de um tempo, os inimigos atacaram o país e o rei perdeu a guerra. Ele fugiu no seu cavalo e os seus inimigos o seguiram. Ele estava sozinho e seus inimigos eram muitos. Cavalgou até o fim da estrada. Havia um imenso penhasco à sua frente, se ele caísse, seria o fim. Não podia voltar, já que os inimigos se aproximavam. Já ouvia o trote dos cavalos. Ele não tinha saída, estava em completo desespero.

Então ele lembrou do anel. Ele abriu e encontrou a inscrição: “Isso também vai passar”.

Depois de ler a mensagem, ele sentiu que tudo estava silencioso. Aparentemente aqueles que o seguiam se perderam e foram na direção errada. Não se ouvia mais os cavalos.

O rei estava repleto de gratidão ao místico desconhecido. As palavras eram poderosas. Ele fechou o anel e voltou para a estrada. Ele recolheu seu exército, e voltou ao seu reino.

No dia que ele voltou ao palácio, organizaram um evento magnífico, um festejo para todo o mundo. As pessoas amaram seu rei e ele estava feliz e orgulhoso.

O rei exclamou: “Agora eu sou um vencedor, o povo está celebrando o meu retorno, não estou em desespero, ou numa situação impossível de resolver.”

No mesmo instante, veio a voz do velho ermitão que dizia: ‘A mensagem do anel funciona não só nos momentos em que tudo vai mal, mas também nos momentos de vitória’.

O rei abriu o anel e leu: “Isso também vai passar”.

E de novo sentiu um silêncio cair sobre si, ainda que estivesse em meio à multidão dançante e barulhenta. Seu orgulho se dissolveu. Ele entendeu a mensagem. Ele era um homem sensato.

Então o rei refletiu, como se estivesse diante do velho ermitão: ‘você lembra tudo que lhe aconteceu? Nada nem nenhum sentimento é permanente. Como a noite vira dia, momentos de felicidade e desespero tomam lugar um do outro. Aceite-os como a natureza das coisas, como parte da sua existência’

Reflita: olhe hoje para os acontecimentos da sua vida (bons e ruins) enquanto considera as palavras dessa simples parábola, “isso também vai passar”.

Deus fez uma aliança contigo… você não está só!

Dica: talvez você até use simbolicamente (ou pode passar a usar), um anel ou uma aliança que, a partir de agora, cada vez que você tocar ou olhar, possa suspirar e dizer: “Isso também vai passar”.

Gentileza é uma conquista

Gostei dessa frase, (Seja conhecido pela sua gentileza). Exprime uma forma de nos religarmos com o que é belo e verdadeiro. A máxima dessa atitude é que “gentileza gera gentileza”, e dessa forma, nascem os movimentos do bem querer. Esse gesto demonstra que a pessoa tem saúde emocional e mental. E é bem simples e fácil expressar gentileza, pois, cada qual possui os potenciais necessários para ser gentil, ex: reconhecer as coisas boas naquelas pessoas com quem convive; doar seu tempo e sua atenção, oferecendo sua escuta empática, vazia e livre de julgamentos; sua gratuidade, servindo desinteressadamente, a fim de enriquecer o outro. Ninguém é tão pobre que não tenha algo a oferecer e nem tão rico que não necessite de algo!

Assim sendo, a gentileza se revela no ato de doar, como por ex: doe o que você não usa mais, suas sobras, (se você tem dois casacos, pares de calçados e não está usando um, alguém está descalço ou passando frio). Mas acima de tudo, ofereça o que lhe é caro – seu tempo, seu dinheiro, sua atenção, seu ombro, seu colo, seu silêncio, sua compreensão… (como aquela mulher pobre que deixou no altar das oferendas, sua única moeda).

Portanto, doe o que lhe é caro e verá o significado fraterno da gentileza. Há tantas outras formas oportunas de se construir esse comportamento: no trânsito deixando alguém passar; nos locais públicos oferecendo um lugar para o outro sentar; prestando auxílio a um idoso ou alguém mais necessitado.

Enfim, escolha uma forma para que o seu comportamento gentil, floresça cada vez mais na sua casa, cidade, país e planeta.