Gestão Emocional I

Já notou como um sentimento maravilhoso passa rápido? Na verdade, todos os pensamentos e sentimentos são como nuvens que passam num amplo céu aberto. O céu abrange tudo, não tem território nem fronteiras.

Dificilmente você encontrará alguém, por mais persistente e teimoso que for, cujo emoção dure mais de 30 respirações quando examinado com atenção.

A raiva é uma emoção que se revela num momento de medo que se dissolve num momento de fúria, que muda para um momento de auto piedade, transformando-se num momento de desamparo, dentro de uma escala emocional! Ao tomar conhecimento disso, você fica preparado para perceber e aproveitar os breves momentos de alegria e cura que inevitavelmente também cruzarão aquele céu no clima sempre mutável da mente.

Na nossa cultura, utilizamos a palavra ‘emoção’ para nos referirmos tanto às sensações do corpo quanto aos pensamentos. Sendo assim, convido-o agora a observar tudo que você está pensando no momento. Sugiro que siga o ritmo da sua respiração dentro do corpo e acompanhe por algum tempo as sensações que surgirem.

Vivência 1:

Deixe os pensamentos se manifestarem como uma silhueta na tela da sua mente. Quanto estiver pronto, poderá notar os sentimentos que surgem na consciência talvez identificando cada um deles. Poderá notar as imagens, histórias e lembranças que deles se desprendem. Talvez você precise usar a imagem do céu que abrange tudo, e que cada nuvem que passa é um pensamento que surge.

Você poderá permitir que a consciência da respiração seja um sol  para qualquer coisa que apareça. É longa ou curta? Sofre mudanças? É quente ou fria? A subida demora mais que a descida ou acontece o contrário? Como são os espações entre uma e outa? Como seria envolver com a respiração aquilo que você está sentindo, como se fosse uma atadura macia?

Vivencia2: Construa um diálogo com sua emoção.

Se há uma emoção que parece controla-lo, ou que você sabe que continua negando e evitando, mantenha com ela uma correspondência. Algumas pessoas gostam de fazer isso escrevendo, por exemplo, uma carta a sua raiva, e depois, numa outra folha, uma carta da raiva. Outra alternativa é escrever um diálogo. Por exemplo:

Eu: ‘Não entendo por que você se apodera de mim de repente. Odeio esse seu jeito destrutivo.

Raiva: ‘Você ainda vem falar que sou destrutiva! Você destrói cada desejo que eu tenho.

Eu: ……………

(Continue com esse modo de relacionamento enquanto estiver interessado, talvez prolongando-o por alguns dias ou semanas)